A Copa América foi alvo de várias críticas do zagueiro Thiago Silva neste sábado. O jogador da seleção brasileira afirmou em entrevista coletiva realizada na Cidade do Galo, o CT do Atlético-MG, em Vespasiano (MG), que a competição tem deixado a desejar em vários aspectos para os times, principalmente na qualidade dos gramados e na organização para as equipes se deslocarem no trajeto entre as concentrações e os estádios.
Ao longo da competição, estrangeiros também criticaram os mesmos aspectos. O técnico da Venezuela, Rafael Dudamel, lamentou a falta de estrutura, enquanto que jogadores como Lionel Messi e Luis Suárez reclamaram da qualidade do gramado. Na última sexta-feira, a seleção do Chile chegou atrasada para o jogo contra a Colômbia, na Arena Corinthians, em São Paulo, por ter ficado presa no trânsito.
“A logística de hotel, em dia de jogo, tem sido muito difícil, principalmente em São Paulo. Em dia de treino que reconhece o gramado, a gente leva uma hora praticamente para chegar. Podia ter sido feito um pouco melhor. Espero que da próxima vez isso venha ao caso”, comentou o zagueiro do Paris Saint-Germain. “Às vezes você faz mal uma jogada porque o campo não ajuda. Você não consegue fazer o que está programado nos treinos”, disse.
Durante a entrevista coletiva, o jogador foi informado pelos jornalistas sobre a eliminação do Uruguai nos pênaltis diante do Peru, pelas quartas de final. O zagueiro demonstrou surpresa com o resultado do jogo, realizado em Salvador, e considerou incorreto o regulamento da Copa América prever a disputa de prorrogação em caso de empate ou para as semifinais ou para a final.
“Qual a diferença para a semifinal e final? Ou coloca ou não coloca. Isso favorece as equipes com o gramado ruim, que não querem jogo. Não assisti ao jogo, mas acredito que o Uruguai estivesse se impondo e o Peru jogou fechado, para levar para os pênaltis, e foi feliz”, disse o jogador de 34 anos. O defensor disputa pela terceira vez a Copa América.
Na opinião dele, a competição seria mais atrativa para a torcida se os campos fossem melhores. “Em termos de gramado, todos sabem a condição que estão. Não só nós reclamamos, mas outros também. Acho que é o mínimo que teria que ser feito, para ter bons jogos. Também poderia ter um público maior e, para isso, o ingresso poderia ser um pouco mais barato”, comentou. (Estadão Conteúdo)