Em recuperação judicial, a Oi, empresa de telefonia brasileira, realiza nesta segunda-feira (14) mais um capítulo decisivo com o leilão da rede móvel, que deve ser arrematado pelo consórcio formado por TIM, Vivo e Claro. Juntas, as companhias em operação no território brasileiro fizeram uma proposta firme de R$ 16,5 bilhões.
Outra candidata é a Highline do Brasil, que chegou a apresentar uma proposta formal cujo valor exato não foi revelado.
Com a potencial divisão da Oi Móvel, o setor deve se reconfigurar da seguinte maneira: Vivo vai de 33% para 37% em participação no mercado; TIM, de 23% para 32%; e Claro, de 26% para 29%.
A expectativa é que a TIM fique com a maior fatia da Oi Móvel como parte de uma estratégia do grupo para obter menor resistência do ponto de vista regulatório e concorrencial.
A Oi já arrecadou no último mês R$ 1,3 bilhão com a venda de data centers e torres. Nesse tempo, revelou ter atingido 2 milhões de clientes na fibra ótica – área em que será seu principal foco pós-leilões – e teve um forte avanço na bolsa.
As perspectivas em torno da Oi voltaram a animar os investidores. Só no último mês as ações (OIBR3) subiram 39%, cotadas a R$ 2,36. Desde janeiro, o avanço dos papéis da companhia é de 174%.
A outra possível candidata é a Highline do Brasil, que chegou a apresentar uma proposta formal cujo valor exato não foi revelado, mas que acabou superada pelo trio. Depois disso, a Highline deu declarações públicas de que não seguirá na jogada.
A potencial divisão da Oi Móvel entre as rivais levará a uma nova configuração do mercado brasileiro, sendo aproximadamente assim: Vivo vai de 33% para 37%; TIM, de 23% para 32%; e Claro, de 26% para 29%.
A Oi, com 16%, desapareceria do segmento móvel. Os 2% restantes seguiriam nas mãos de operadoras regionais. Os cálculos são da consultoria internacional Omdia, especializada em telecom, tecnologia e mídia. (Agência Brasil)