Desde o retorno à elite do futebol nacional, no ano de 2017, o Bahia vive a expectativa de terminar o Campeonato Brasileiro entre os dez primeiros colocados, posição na qual o time nunca figurou ao final das 38 rodadas no atual formato de disputa da competição: pontos corridos.
O Tricolor até chegou a bater na trave em três oportunidades. Nas edições de 2018 e 2019, terminou na 11ª colocação, enquanto no ano de 2017 foi o 12º, a apenas três pontos do 10º colocado, que foi o Botafogo na época. Já no Brasileirão de 2020 – que terminou apenas no início deste ano – o Esquadrão teve o seu pior desempenho, ficando na 14ª posição e a apenas três pontos do Vasco, o último rebaixado do certame nacional.
Não é possível mudar o passado, mas muitas lições podem ser aprendidas com ele, principalmente com os erros. E um em específico tem acompanhado o Bahia nas últimas edições da Série A: oscilação. Para se ter uma ideia, o Tricolor, em 2017, foi soberano como mandante. Das 13 vitórias, dez foram em casa e apenas três fora. No ano seguinte, ganhou somente duas como visitante e não conseguiu emplacar sequência de triunfos. Em 2019, melhorou o desempenho longe de Salvador, venceu cinco, mas como mandante o resultado foi pífio, com sete triunfos. E o ano passado foi desastroso, com uma sequência de nove duelos sem vencer, outra com seis derrotas consecutivas e com apenas oito vitórias na temporada.
E é em busca de uma temporada regular, com bons desempenhos dentro e fora dos seus domínios, que o Tricolor inicia a sua longa caminhada, neste sábado, às 20h, contra o Santos, no estádio de Pituaçu, e renova o sonho de figurar, finalmente, no Top 10 ao final da competição nacional.
“Criamos expectativas internas. Estudamos a competição e nossos adversários. Por se tratar de competição longa, muita coisa muda. A minha preocupação maior está em junho, quando teremos jogos sucessivos, disputas contra adversários mais fortes. Essa condição, penso, é mais salutar. Não adianta pensar no campeonato inteiro ou você se perde. Precisamos pensar em um grupo reduzido de jogos, estabelecer objetivos. Nosso objetivo é figurar na primeira página. A posição depende de nossa organização. Se me perguntarem se estamos prontos para isso hoje, digo que não. Mas estamos nos preparando. A equipe é briosa, e isso traz bons resultados”, comentou o técnico tricolor Dado Cavalcanti, em entrevista coletiva ao longo desta semana.
Escalações
Com exceção de Nino Paraíba, que cumpre suspensão preventiva imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) após a confusão na final da Copa do Nordeste, Índio Ramírez e Matheus Teixeira, que se recuperam de lesão, Dado terá todo o restante do elenco à disposição.
No gol, Mateus Claus deve ficar com a vaga, já que Douglas está desprestigiado com as constantes falhas. Na lateral direita, Renan Guedes foi confirmado como titular e comemorou a oportunidade.
“Desde quando eu cheguei aqui no Bahia, o meu objetivo era esse, subir para a equipe principal. Mas sabia que tinha que subir um degrau de cada vez. Graças a Deus, consegui fazer bons jogos na equipe de transição e surgiu essa oportunidade no time principal. O professor Dado me passou confiança, apostou no meu potencial e acredito que consegui mostrar que posso ajudar muito a equipe. E disputar o Brasileirão é um sonho de qualquer jogador, né?! Joguei a Série D, que também é muito difícil, mas estar na elite e vestindo uma camisa tão pesada quanto a do Bahia é um sonho realizado”, afirmou Guedes.
Já o Santos de Fernando Diniz conta com os retornos de Marinho, Alison e Jean Mota. (A Tarde)