O Twitter sinalizou que uma publicação do Ministério da Saúde sobre o “tratamento precoce” contra a covid-19 é enganoso. Para a rede social, a mensagem é potencialmente prejudicial e, por isso, recebeu a marcação, que coloca a publicação por trás de um alerta e diminui as possibilidade de interação com a mensagem.
O “tratamento precoce” difundido pela pasta é composto pela utilização de medicamentos que, segundo cientistas, não têm eficácia contra a covid-19, como ivermectina e cloroquina. A mensagem estimulava as pessoas a procurarem uma unidade de saúde aos primeiros sintomas da covid-19, pedindo para receber o “tratamento”.
O mesmo aviso de informação enganosa já havia sido colocado pelo Twitter em uma publicação do presidente Jair Bolsonaro, também sobre o tratamento com medicações sem comprovação para a covid. Outros bolsonaristas receberam o mesmo alerta, como os deputados federais Carla Zambelli (PSL-SP) e Daniel Silveira (PSL-RJ). A parlamentar afirmou que vai acionar a Advocacia Geral da União (AGU) contra o que chamou de “absurdo” e “abuso” da rede social. “Acabamos de concluir um ofício à @AdvocaciaGeral em que pedimos a tomada de providências judiciais contra a censura do Twitter à publicação do @minsaude. Não é possível que o Twitter se arrogue o direito de contrariar o Ministério e desencorajar as pessoas a buscarem tratamento!”, escreveu.
O governo federal e os apoiadores estão fortalecendo as estratégias de comunicação em torno do tratamento sem eficácia em meio à crise de saúde em Manaus, que sofreu colapso do sistema, sofrendo com falta de oxigênio e leitos. Segundo a Folha de S. Paulo, o Ministério da Saúde aumentou a pressão para que a prefeitura da cidade use essas medicações nas unidades médicas.
O ministro Eduardo Pazuello começou uma força-tarefa na cidade, com médicos de todos país, para que visitem as unidades de saúde e reforcem a necessidade de usar os medicamentos sem eficácia para covid. (Correios)