Ufba paga parte de dívida a empresa terceirizada, mas vigilantes seguem em greve

representante do Sindicato dos Vigilantes (Sindivigilantes), eles protestam porque ainda não tiverem um retorno oficial da Ufba — Foto: Jeferson Fernandes / Arquivo Pessoal
representante do Sindicato dos Vigilantes (Sindivigilantes), eles protestam porque ainda não tiverem um retorno oficial da Ufba — Foto: Jeferson Fernandes / Arquivo Pessoal

A Universidade Federal da Bahia (Ufba) pagou parte da dívida que tem com o Grupo MAP nesta quarta-feira (28), no entanto, os vigilantes terceirizados da empresa, que prestam serviço para a instituição, seguem em greve.

De acordo com o representante do Sindicato dos Vigilantes (Sindivigilantes), Jeferson Fernandes, a categoria não está sem receber os salários, mas teme ser demitida por conta do atraso no repasse, que completa um ano em agosto. A demissão já foi anunciada pelo Grupo MAP.

O Sindicato pede que a Ufba assuma os cerca de 380 vigilantes, caso eles sejam demitidos, e faça o pagamento direto para os trabalhadores. A categoria fará assembleia na quinta-feira (29), em frente à reitoria da instituição, para definir os rumos da greve.

De acordo com o sócio-diretor do Grupo MAP, José Sisnando, a Ufba fez o repasse de R$ 670 mil para a empresa, nesta quarta-feira, e prometeu pagar mais R$ 1,4 milhão na quinta-feira.

No entanto, segundo José, o pagamento desses valores não muda o posicionamento da empresa de suspender o contrato com a instituição.

Em nota, a Ufba informou que está em negociação com o Ministério da Educação (MEC) para o conseguir desbloqueio do orçamento previsto na Lei Orçamentária Anual e, com isso, regularizar os pagamentos dos fornecedores.

No comunicado, a instituição disse ainda que a administração central “tem feito um significativo esforço de contenção de despesas, que implica prejuízo às atividades da instituição, mas que tem como prioridade absoluta garantir o funcionamento da universidade, preservando o essencial do ensino, pesquisa e extensão”.

Protesto

Escola Politécnica da UFBA fica no bairro da Federação — Foto: Imagem/TV Bahia
Escola Politécnica da UFBA fica no bairro da Federação — Foto: Imagem/TV Bahia

Na manhã desta quarta-feira, os vigilantes fizeram um protesto em frente à reitoria da Ufba, um dia após o início da greve.

Por conta da paralisação, algumas unidades da Universidade Federal da Bahia (Ufba) decidiram suspender as aulas do período noturno, entre elas o Instituto de Química e Física, a Escola Politécnica, a Faculdade de Direito e o Instituto de Biologia. Não há previsão de quando as atividades vão ser normalizadas nessas unidades. (G1/Ba)

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