A Universidade de Coimbra (UC), a mais antiga de Portugal, anunciou o lançamento de sua primeira pós-graduação no Brasil. O curso, que terá aulas presenciais em ambos os países e diploma emitido pela própria universidade europeia, foca nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
Esta é a primeira vez que um programa da UC é oferecido fora da Europa. O projeto é promovido pelo Centro de Estudos Superiores da Universidade de Coimbra no Brasil (CESUC) em parceria com a Casa de Portugal de São Paulo, onde parte das aulas será ministrada.
Com o título “Dignidade Humana, Desenvolvimento e Sustentabilidade”, o curso terá carga horária de 70 horas, divididas entre encontros remotos e presenciais. As aulas ocorrerão de 16 de junho a 11 de julho de 2025, com parte do conteúdo sendo lecionado em São Paulo e outra parte em Coimbra e polos de extensão da universidade em Portugal, proporcionando uma experiência de imersão internacional para os estudantes brasileiros.
A pós-graduação é aberta a profissionais graduados em diversas áreas — como Direito, Relações Internacionais, Ciências Sociais, Meio Ambiente, Urbanismo, Saúde e outras — e não exige prova de ingresso, apenas análise de currículo. A expectativa é que a primeira turma seja formada por 40 alunos.
Entre os temas abordados no curso estão: Sustentabilidade; Educação e Cidadania; Democracia; Inovação; Estudos sobre a Paz; Direito e Ambiente; Direitos Humanos; Cidadania Global; e Administração Pública em Portugal.
O investimento no programa é de 500 euros, mais taxas. Segundo a Universidade de Coimbra, o curso reforça o intercâmbio acadêmico e cultural entre Brasil e Portugal.
Além dessa iniciativa, a UC pretende lançar outras pós-graduações no Brasil nos próximos anos, algumas apenas com aulas em São Paulo ou no formato remoto, em áreas como saúde, igualdade de gênero, saneamento, bem-estar, e desenvolvimento sustentável.
Fundada em 1290, a Universidade de Coimbra é uma das instituições mais tradicionais da Europa, com mais de 30 mil estudantes, sendo quase 6 mil estrangeiros.