Em reunião com governadores nesta terça-feira (20/10), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que vai incorporar a vacina chinesa CoronaVac ao Programa Nacional de Imunizações, colocando-a oficialmente no calendário anual de vacinas. A substância está sendo desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo.
O governo federal comprometeu-se a comprar 46 milhões de doses da chamada Coronavac até dezembro de 2020 e espera poder começar a vacinação em janeiro. Segundo a Folha de São Paulo, os secretários estaduais de Saúde estavam preocupados com uma possível falta de participação do governo Jair Bolsonaro (sem partido) na definição das estratégias de produção e de distribuição da vacina, já que o presidente declarou mais de uma vez que ela não será obrigatória.
Os secretários enviaram uma carta a Pazuello, solicitando a inclusão não só deste medicamento no cronograma nacional da vacina do Butantan, mas de qualquer outro imunizante que se mostre eficiente no combate ao coronavírus, e a ideia foi aceita pelo ministro. A briga pela inclusão da vacina no calendário nacional foi uma iniciativa do governador João Doria (PSDB-SP).
O Ministério da Saúde também divulgou nesta terça (10/10) um comunicado da Fiocruz anunciando que a vacina de Oxford, negociada pelo governo federal, começará a ser produzida em fevereiro. Até julho, a previsão é que sejam produzidas cerca de 100 milhões de doses. Até dezembro, 210 milhões. (Aratu)