O Ministério da Saúde concluiu que as 510 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 aplicadas até março deste ano foram responsáveis por apenas 50 óbitos. Ou seja, uma morte a cada 10 milhões de dose. O número é considerado extremamente baixo e serve como confirmação da segurança dos imunizantes.
O boletim do Ministério da Saúde, em análise feitas em conjunto com o comitê Interinstitucional de Farmacovigilância de Vacinas e outros Imunobiológicos, também detalha as mortes por cada imunizante. Dos 50 óbitos, 28 foram de pessoas que tomaram AstraZeneca; 17 tomaram Coronavac; quatro tomaram Janssen e uma tomou Pfizer.
A investigação analisou as 4.458 notificações de pessoas que tiveram evento adverso com “desfecho óbito” e concluiu que apenas 50 (ou 1,12%) tiveram relação causal “consistente com a vacinação”. Os demais óbitos foram classificados como reações coincidentes ou sem informações para ligar à vacinação.
Além disso, a investigação concluiu que todas mortes por conta da vacina foram de adultos, e não há registro de mortes entre crianças e adolescentes.
Uma possibilidade também apontada pelo Ministério da Saúde fo que, como a vacinação contra a covid-19 ocorreu durante elevada incidência de casos, as pessoas podem ter se imunizado quando estavam doentes e então ligaram os sintomas da doença à vacina.
“Ao vacinar um número tão grande de indivíduos, é esperada a notificação de um elevado número de ESAVI [Eventos Supostamente Atribuíveis à Vacinação ou Imunização], incluindo eventos graves”, diz o boletim.
A Covid-19 causou 37,5 milhões de casos e 703 mil mortes no Brasil, o que significa 190 mil mortes a cada 10 milhões de casos.
No boletim, o ministério demonstra dados do Imperial College London, que estimou que a vacinação evitou no Brasil entre 700 mil e 880 mil mortes até o final de 2021. “Ou seja, para cada óbito consistente com a vacinação, entre 43.750 a 55.000 outros óbitos foram evitados pela vacinação.”(Atarde)