A Batalha dos Sanfoneiros do Jornal da Manhã chegou ao fim nesta sexta-feira (21), e o campeão foi Valtinho do Acordeon, de Salvador, que venceu a disputa com 34,59%. Ele teve mais de 15 mil votos na batalha decisiva.
Em segundo lugar, ficou João Torres, de Cruz das Almas, com 18,61% dos votos. E em terceiro, Francisco Mamede Alves, conhecido como “Bil do Acordeon”, de Itaberaba, com 18,07%.
Ficaram fora do pódio Juninho do Acordeon, de Ilhéus, que teve 16,59% dos votos, e José Wédson, de Tanhaçu, que somou 12,14%.
O campeão da Batalha dos Safoneiros 2024 tem 44 anos e começou a carreira musical aos 14, em uma fanfarra da escola onde era corneteiro. Desde criança Valtinho observava o pai e o tio tocarem sanfona. “Foi quando meu tio viu meu interesse pelo instrumento e me ensinou a tocar Asa Branca, de Luiz Gonzaga. Coloquei meus dedos na tecla e não parei mais”, contou.
A Batalha dos Sanfoneiros foi criada em 2017 e se tornou um quadro tradicional do mês junino no JM. Na edição deste ano contou com músicos da capital e do interior disputando o título de melhor performance de sanfoneiro da Bahia. Em 2024, o padrinho da disputa é Flávio José, um dos maiores forrozeiros do Brasil. A escolha foi feita com votação do público no g1 Bahia.
Ao todo, 50 pessoas se inscreveram na competição. Desse total, 15 foram escolhidas por uma banca avaliadora, composta por três profissionais com grande conhecimento em sanfona: a pesquisadora do tema Teba Rocha; o vencedor da Batalha dos Sanfoneiros do JM em 2023 Dio do Acordeon; e o radialista e coordenador das Rádios da Rede Bahia de Comunicação Maurício Habib.
Sobre a premiação:
O sanfoneiro escolhido pelo público vai levar para casa um troféu e terá a oportunidade de se apresentar em um show do padrinho da Batalha deste ano, o forrozeiro Flávio José.
Pelo terceiro ano consecutivo, os troféus da Batalha dos Sanfoneiros do Jornal da Manhã são esculturas em metal esculpidas através da técnica de modelagem com oxidação, para trazer o aspecto de “ouro envelhecido”. No topo das obras, há chapéus em estilo cangaceiro em latão, inox e cobre, representando os primeiro, segundo e terceiro lugares, respectivamente.
Os troféus foram criados pelo artista Alessandro Teixeira, que vem de uma família de artesãos do bairro da Liberdade, em Salvador. Ele utiliza a técnica da modelagem de folhas de metal, e cria esculturas cheias de detalhes e simbologias. Suas peças não são pintadas, explora a cor do próprio metal, sua oxidação, seu brilho e seus significados.
Neste ano, participaram da Batalha:
- José Wédson, de Tanhaçu;
- Adriane Barreto, de Salvador;
- André Galdino dos Santos, mais conhecido como “Baio do Acordeon”, de Feira de Santana;
- Pedro Paes Lopes, de Jequié;
- Thiago Mendes Souza, de Irará;
- Elisvaldo Pereira Souza, “Valzinho do Acordeon”, de Eunápolis;
- Juninho do Acordeon, de Ilhéus;
- Zequinha do Acordeon, de Itaberaba;
- Gilson Santos Minichilli Prates, de Jequié;
- Valtinho do Acordeon, de Salvador;
- Francisco Mamede Alves, conhecido como “Bil do Acordeon”, de Itaberaba;
- Paulo Henrique Damasceno Oliveira Santos, conhecido como “PH do Acordeon”, de Ilhéus;
- João Torres, de Cruz das Almas;
- João Gabriel, conhecido como “Gabi Xote”, de Malhada;
- Raimundo Nonato dos Santos, conhecido como “Raimundinho do Acordeon”, de Juazeiro.
Fonte: g1