Vendas de imóveis têm alta de 21% na Bahia no primeiro semestre do ano

Foto: Divulgação

Resiliência é o termo que melhor vem definindo o mercado imobiliário baiano este ano. No primeiro semestre de 2021, Salvador registrou um aumento de 40% na venda de imóveis, em relação ao mesmo período do ano passado. Na Bahia, o aumento foi de 21%. Os dados foram divulgados em evento online da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-BA), que aconteceu nesta terça-feira (20).

A pesquisa também apontou que foram vendidas 4.247 unidades na Bahia ao longo dos últimos seis meses. “Os números já permitem afirmar que o mercado imobiliário baiano está vendendo mais do que nos últimos dois anos”. destacou o diretor técnico da Ademi-BA, Pedro Mendonça.

A pesquisa imobiliária da Ademi-BA também permite fazer uma projeção mais audaciosa. Historicamente, o segundo semestre costuma concentrar resultados melhores em vendas de imóveis do que o primeiro. “Nosso mercado gira em torno de 6 mil unidades/ano em venda. Se a gente repete esse resultado no segundo semestre, vamos a 9 mil. O que está bem acima da média”, destacou Mendonça.

Lançamentos

No primeiro semestre de 2021, a Bahia registrou uma redução de 54% no número de lançamentos, em comparação com o segundo semestre de 2020. “O recuo faz parte de um movimento que já era esperado. Com o aumento do preço de insumos, muitas empresas seguraram seus lançamentos para não serem pegos de surpresa com preço médio de tabela e reorçamento de obras”, destacou o diretor técnico.

As variáveis como o medo desabastecimento de materiais da construção, contudo, já não preocupam os incorporadores como aconteceu no início do ano, de modo que vários projetos vêm ganhando previsão de lançamento para esta segunda metade do ano.

Este receio para lançar novos empreendimentos em um período de incertezas também impactou na oferta de imóveis disponíveis para compra, com uma redução de 16% em unidades disponíveis na Bahia entre julho de 2020 a junho de 2021. Em Salvador, as ofertas cresceram em 7% no mesmo período.

“Os números sinalizam que, para quem está com terreno e projeto prontos, avaliando investir no mercado imobiliário baiano, esta é a hora de soltar produto, pois tem uma forte demanda reprimida e um público crescente buscando o imóvel que melhor se enquadra no seu investimento”, destacou o presidente da Ademi-BA, Cláudio Cunha.

Tendências para os lares pós-pandemia

Além da apresentação do balanço, a Ademi-BA convidou Lígia Mello, CSO da Hibou – empresa voltada a pesquisa de monitoramento de mercado e consumo – para falar sobre o que deve atrair os compradores de imóveis após a pandemia.

A pesquisa “Quais as Tendências Que o Brasileiro Quer Dentro de Casa” abordou os principais aspectos observados pelo brasileiro durante o período em que precisou ficar mais tempo em casa, em função da quarentena, e como isso deve impactar nas suas decisões de compra de um imóvel a partir de agora.

A casa do futuro, conforme apontou Lígia, será muito mais conectada, hiper vigilante, confortável, adaptada aos possíveis futuros, e mais verde, alinhada com medidas ambientalmente corretas e sustentáveis. “Morar bem será sempre pensar no tempo em que ficaremos em casa. As pessoas começaram a olhar para coisas supérfluas. Resignificaram espaços com o objetivo de aproveitar e viver mais sua casa”, destacou a CSO. (Bahia Valor)

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