Um vendedor de uma loja de plásticos foi agredido por um cliente na tarde de quarta-feira (19), na cidade de Itabuna, no sul da Bahia. A agressão foi registrada por câmeras de segurança.
A confusão aconteceu por volta das 17h, quando o comércio já estava quase fechando. De acordo com testemunhas, o agressor é dono de outro estabelecimento comercial na região. Ele saiu do local para a loja de plásticos, quando percebeu uma demora no processo de troca.
“Quando a gente fez a venda, tudo separado por tamanho, embalagem de 1kg, embalagem de 2 kg. Quando o rapaz trouxe, veio dentro de uma sacola, não foi como a forma que a gente vendeu. Eu falei: ‘Vai ter que aguardar um pouco, eu vou estar fazendo a troca e separando os tamanhos’. Só que o patrão desse funcionário já veio alterado e começou a querer pressa, começar a falar palavras baixas, foi quando teve a agressão”, disse o vendedor Phillipe Ramos.
Nas imagens, é possível ver que um rapaz de blusa azul estava aguardando para fazer a troca no estabelecimento tranquilamente, enquanto Phillipe organizava sacolas. Logo depois, o agressor chegou no local e aparentou estar muito nervoso. Ele falou algumas coisas e tentou ultrapassar a corrente que mantém o distanciamento social entre funcionários e clientes.
O vídeo mostra que, quando o vendedor vai entregar a mercadoria, ele é agredido com socos e cai. Phillipe ficou com marcas da agressão nas costas. O dono da loja, João de Souza Cabral, disse que fez o possível para evitar a situação.
“A gente estava fazendo a troca, o funcionário dele estava calmo, mas ele chegou em seguida. Estava muito nervoso e disse que não foi só uma vez que o funcionário atendeu ele mal. O funcionário se descuidou um pouco e foi entregar a mercadoria, e ele, em seguida, deu um soco no rapaz, que veio a cair”, relatou João de Souza.
Philipe informou que já prestou queixa no Complexo Policial de Itabuna e aguarda para fazer exames de corpo de delito. O G1 tentou entrar em contato com a polícia para saber o posicionamento do suspeito da agressão, mas não obteve retorno.
“É constrangedor estar ali vendendo, estar atendendo e, para mim, fazer uma troca é normal, é como se fosse uma venda. Só que ele queria na pressa, do jeito dele. Infelizmente, a gente tem normas a serem seguidas, embalar o produto da maneira correta”, contou Phillipe. (G1)