Vereador defende abertura de igrejas durante a pandemia e diz: “o presidente baixou o decreto e S. A. de Jesus fez o diferente”

Foto: Voz da Bahia

Na tarde desta quinta-feira (26) o vereador Délcio Mascarenhas (PP) em entrevista ao Voz da Bahia se posicionou sobre o decreto que regulamenta o fechamento do comércio de Santo Antônio de Jesus, além disso, o vereador defende o mesmo pensamento do presidente Jair Bolsonaro, que incluiu igrejas na lista de atividades consideradas essenciais e que estão autorizadas a funcionar durante o estado de calamidade em vigor pela epidemia de coronavírus.

Segundo ele, a fome pode matar mais pessoas do que que o vírus, “eu acho que a gente precisa ter muita cautela e cuidado nesse momento. O próprio decreto permite que empresas de material de construção, por exemplo vendam o material e entregue nas obras ou nas residências, e isso é incoerência, porque como você compra o produto e não pode consumir? Então é preciso esclarecer isso; acredito que o prefeito deve fazer um decreto regulamentando essa matéria inclusive regulamentando a construção civil”, declarou.

Em relação a sugestão do Governador do Estado, Rui Costa (PT) no qual pede a abertura do comércio de cidades que ainda não foram registrados casos de coronavírus, Délcio diz ser muito coerente, “de certa forma, o posicionamento de Rui Costa comunga com a opinião do Presidente da República. Bolsonaro está preocupado com a situação econômica e com as pessoas que precisam trabalhar. Eu acho que se as pessoas estão trabalhando com segurança e obedecendo as medidas de prevenção não tem porquê parar certas funções”, desabafa.

Sobre os segmentos religiosos o vereador entende que a igreja é uma terapia e ponto de socorro para a população, “a igreja é um hospital. Quantas pessoas que estão doentes psicologicamente ou espiritualmente vão buscar um socorro na igreja, na fé? Um exemplo é a igreja católica da Praça Padre Mateus: se você permite uma missa com 50 pessoas não tem nada demais. A igreja do Largo São Benedito que cabe mais de mil pessoas, se você coloca 50 pessoas mantendo o padrão de segurança, eu não vejo nada demais. Exemplificando essas igrejas para depois as pessoas não entenderem que eu estou só querendo defender simplesmente o segmento evangélico. O Presidente da República baixou um decreto no último dia 25 que proíbe o fechamento das igrejas, entendendo que elas devem ser mantidas abertas mantendo o padrão de segurança orientado pelo próprio Ministério da Saúde”, argumenta.

Délcio ainda ressalta que a fé das pessoas não podem ser impedidas, “a gente não pode impedir que as pessoas frequentem uma igreja religiosa e busque sobretudo a sua confiança em Deus, por isso mostrei o prefeito que ele precisa abrir sua agenda assim como abriu sua agenda hoje para conversar com a classe industrial, para que receba os representantes dos segmentos religiosos e nós tenhamos um diálogo e entendimento porque eu não posso concordar que um presidente da república baixou um decreto e Santo Antônio de Jesus faça o decreto totalmente diferente”, expôs.

Questionado sobre aglomeração de pessoas com abertura das igrejas Mascarenhas busca explicar que os religiosos são pessoas educadas, “eu não estou defendendo o segmento evangélico, estou defendendo o segmento religioso indistintamente. Precisamos sobre tudo ter um diálogo, porque nós temos um país de pessoas religiosas, obedientes e disciplinados, cabe sobretudo as igrejas baixar suas normas”, afirma.

O vereador reforça que o direito de culto é constitucional, “a igreja é o lugar onde realmente as pessoas tem um encontro com Deus e consegue sobretudo resolver grande parte das suas questões pessoais. Mas falo de modo geral não só de segmento religiosos, tem determinadas atividades que se pararem vai morrer mais gente de fome do que da pandemia, isso a gente precisa ter cuidado. Nós precisamos avaliar a questão econômica e social da população de um modo geral.”, falou.

A respeito dos pronunciamentos do Presidente da República Jair Bolsonaro, Mascarenhas o denomina de autêntico, “ele defende as suas ideias e não é por isso que as pessoas precisam crucifica-lo. E tenham cuidado porque se bater demais nele, ele cresce mais do que se pode imaginar, porque o que eu percebo é uma imprensa orquestrada para tentar desarticular um governo que está tentando dar certo”, finalizou.

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