Começou a viralizar nas redes sociais, nesta terça-feira (4/10), um vídeo do presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma loja maçônica. A gravação não é datada, mas aparenta ser de antes das eleições de 2018, pois Bolsonaro diz que não está como “candidato a nada”. As imagens vêm sendo exploradas por apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na tentativa de desgastar o atual chefe do Executivo perante o eleitorado cristão.
A Igreja Católica se opõe à participação de seus fieis na maçonaria. As agremiações evangélicas também fazem juízo negativo sobre a sociedade secreta.
Ainda assim, expoentes do bolsonarismo têm relação com a maçonaria, como a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que se casou em um templo maçônico de Brasília em fevereiro de 2020. A cerimônia contou com a presença da primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O vídeo está nos assuntos mais comentados do Twitter na manhã desta terça. O caso começou a viralizar um dia após bolsonaristas disseminarem um vídeo de um satanista defendendo o PT.
Estou me sentindo traída. Defendi BOLSONARO do indefensável. Estive sempre ao lado do PRESIDENTE. E agora descubro laços dele com a maçonaria. Lamentável. Infelizmente, votarei no nove dedos neste segundo turno. pic.twitter.com/j79HITcEth
— Viviane Loiseau ?? (@VivianeLoiseau) October 4, 2022
Caso do satanista
O homem satanista, identificado como Vicky Vanilla, gravou vídeos com uma camisa vermelha com a estrela do PT e os dizeres “O voto é secreto”, além de uma bandeira de Lula. Os vídeos foram divulgados em canais do Telegram e grupos de WhatsApp. Um deles pertence ao vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente e um dos principais estrategistas digitais da campanha.
Em nota, o PT afirma que a relação de Lula com o satanismo não existe. “Quem espalha isso é desonesto e abusa da boa-fé das pessoas”, diz o partido.
“A verdade, como já repetimos antes, é que Lula é cristão, católico, crismado, casado e frequentador da igreja. Não existe relação entre Lula e o satanismo”, finaliza a nota.
Diante da repercussão, o autor do vídeo também afirmou que suas declarações estavam sendo colocadas “fora de contexto” e negou relação de Lula com a “casa espiritual” que representa.
Metrópoles / Flávia Said