Nesta sexta-feira, 1.º de outubro, todo o Brasil comemorou o dia do idoso, em Santo Antônio de Jesus não foi diferente. O Voz da Bahia esteve no Lar dos Idosos, onde todo o ambiente foi arrumado para receber parentes dos hospedados [VEJA O VÍDEO ABAIXO].
A senhora Iolinda dos Santos Costa, 83 anos, falou sobre a sua história e de seus amigos que moram no abrigo, “não tenho mais família, todos morreram antes de mim, sou a última e nunca tive filhos, mas também não sinto falta de filhos. Estou aqui sem ter ninguém, mas tem gente que tem muitos filhos, mas também estão aqui com eles. Não faço questão de casar, tive companheiro muito bom, mas ele morreu. Aqui sou bem tratada, a enfermeira Fabiana aqui do Lar dos Idosos é uma pessoa maravilhosa. Estou bem, graças a Deus, não tenho a saúde perfeita, mas vou levando até o dia que Deus quiser”, falou.
O Voz da Bahia entrevistou também as senhoras Diva e Dalva, que tem um grande relacionamento de companheirismo. Diva não tem parte de sua audição, por tanto, Dalva recebe as informações e transmite para sua amiga, “conforme a vida que levamos é agradável e saudável. Tive uma vida muito laboriosa, trabalhei na rua durante 49 anos, meu pai morreu com 59 anos e deixou meus irmãos ainda menores de idade. Tive que tomar à frente. Diva era quem me ajudava. Ela tem a natureza muito diferente da minha, estou aceitando com mais calma e dignidade, mas ela não está com dificuldade de se adaptar nessa vida. Tínhamos um caminho independente. Casei, mas não foi lá essas coisas todas. Diva foi mais feliz do que eu, o marido dela era muito bom, mas o meu, era muito boêmio. Não tivemos filhos. Aceitei ser idosa com muita facilidade, quando nos nascemos criamos o entendimento de que nascemos envelhecemos e morremos. Como estudo a doutrina Kardecista, acredito na Justiça e na bondade de Deus. Ele nos ajuda a nos aperfeiçoar e purificar, dando várias existências. Estou sempre pensando no futuro, a nova existência será muito melhor, vou ser feliz, vou ter minha vida como espirito”, expôs Dalva.
Sobre sua vida, a amiga Diva apontou: “Tenho 81 anos, 72 anos morei em Salvador, para vir para cá a diferença é estupida. Encontramos aqui uma família, porque nosso Deus já levou a outra. Não tem quem tome conta de nós duas e aqui encontramos isto. Aqui nos tratam muito bem, tem muito cuidado. Ontem levei o dia inteiro de cama, toda hora vinha uma pessoa perguntando se estou melhor. Encontramos o que há muito tempo não tínhamos. De oito irmãos, só temos nós, duas. Os hábitos são diferentes, aqui tem do analfabeto ao formado, às vezes você está conversando com uma pessoa e ela se distrai e leva o assunto embora. Sentimos falta dessas coisas”, contou emocionada.
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Reportagem: Voz da Bahia