O professor de boxe Rodrigo Souza, morto a tiros na própria academia, em Camaçari, na noite de terça-feira (20) (veja aqui), publicou há pouco mais de uma semana nas redes sociais que havia recebido ameaças.
No dia 11 de setembro, durante uma transmissão ao vivo, ele afirmou que recebeu ameaças porque estava enaltecendo o trabalho de policiais. O professor explicou que um amigo o alertou sobre a reação dos criminosos. “Ele disse: ‘cara, a família mandou mensagem para mim, dizendo que você está publicando nas redes sociais coisas de policiais, que está puxando saco de policiais, e eles querem que você apague'”.
No vídeo, Rodrigo relatou que há cerca de dois meses se posicionou politicamente e foi quando a ameaça mais direta aconteceu. “Depois de mais ou menos uns 30 minutos, eu recebi um texto no meu WhatsApp. O DDD era 21 e, nessa mensagem, eu fui diretamente ameaçado. Usaram até o nome de um outro rapaz, que tinha sido morto e disseram assim: ‘Se você continuar puxando saco de policiais, a gente vai te dar o mesmo fim'”.
O CRIME
O crime aconteceu quando o professor atendia alguns alunos. Para o G1, a companheira dele contou que os suspeitos fingiram estar interessados em aulas. Ela relatou que trabalhava como atendente da academia, quando os dois homens chegaram em um carro e pediram informações sobre a academia, sobre as aulas e sobre o professor.
Quando os suspeitos identificaram Rodrigo, foram em sua direção e dispararam várias vezes. Depois, os homens fugiram do local no mesmo veículo em que chegaram.
Em nota, a Polícia Militar informou que procurou os suspeitos, mas não conseguiu localizar ninguém. O caso é investigado pela Polícia Civil. Ainda não se sabe o que motivou o assassinato. O corpo de Rodrigo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Salvador. O professor deixa a esposa e a filha, de 5 anos. (BN)