Jogadores do Leão se apegam ao bom momento vivido pelo time desde a chegada do técnico João Burse
Zagueiro e capitão do Vitória, Alan Santos sabe exatamente o que o time precisa fazer quando a bola rolar nesta tarde: “Agora é bola para frente, temos que reagir”. A declaração representa perfeitamente sobre como o Leão tem de encarar a partida deste domingo, 4, às 17h, contra o ABC, líder do Grupo C da segunda fase da Série C do Campeonato Brasileiro, no Barradão.
Não apenas por ser um jogo de uma fase decisiva, mas também para mostrar que a goleada sofrida diante do Figueirense (5 a 1) na última rodada foi apenas um deslize e provar que o Leão segue no caminho certo para se manter vivo na luta para conquistar o acesso para a Série B do Brasileirão.
E, para isso, os jogadores do Leão se apegam ao bom momento vivido pelo time desde a chegada do técnico João Burse. Com ele no comando, antes da partida contra o Figueirense, o Rubro-Negro acumulava uma invencibilidade de nove jogos, embalada pela boa fase, principalmente, dos atacantes Rafinha e Tréllez, com um futebol mais vistoso.
Porém, o adversário deste domingo é osso duro, tem seis pontos conquistados, 100% de aproveitamento na segunda fase e não perde para o Rubro-Negro desde a Série B de 2015. Mas a seu favor, o time de João Burse terá um Barradão lotado, além de ostentar quatro jogos de invencibilidade como mandante e um robusto tabu diante do Mais Querido.
A última vez em que o Vitória perdeu como mandante para o ABC foi há 22 anos, em partida da segunda fase da Copa do Brasil de 2000. Na ocasião, o time baiano acabou eliminado. Além disso, Rubro-Negro perdeu apenas uma vez para o Mais Querido no século XXI. Neste período, 17 confrontos foram disputados, sendo seis vitórias do Leão e dez empates. A única derrota foi pela Copa do Nordeste de 2018, quando o ABC venceu por 3 a 1.
A conquista dos três pontos, para o Vitória, no Barradão, é de fundamental importância para evitar que o time jogue pressionado até o final e, principalmente, para que não coloque o acesso em risco. Nessa situação, a matemática é simples.
Caso o ABC vença o duelo, abrirá seis pontos do Leão e restarão apenas três partidas a serem jogadas. Além disso, o Figueirense, que tem os mesmos três pontos do Vitória, mas é o segundo colocado por causa do saldo de gols (3 a -3), joga em casa contra o lanterna, Paysandu
“A gente tem que ir em busca de qualquer jeito, na verdade organizado, porque a gente visualiza somente os três pontos para ir em busca do nosso objetivo que é a classificação. Temos que buscar os caras que estão em primeiro. Temos quatro jogos, dois dentro de casa, para ir em busca do nosso sonho, que é a classificação para a final”, afirmou Alan Santos em entrevista coletiva.
Mudança na equipe
Para a partida, Burse não poderá contar com o lateral direito Iury, expulso na partida contra o Figueirense. Com isso, Alemão deve seguir no time titular. Do lado do ABC, a única baixa também é por suspensão. O meia Walfrido recebeu o cartão vermelho no triunfo por 1 a 0 em cima do Paysandu. Dessa forma, ambos os elencos irão se encontrar com praticamente 100% da sua força disponível para o jogo.
De olho nos 11 ideais de João Burse, Tréllez tem se mostrado em ótima forma, sobretudo quando o meia Eduardo está em sintonia com o atacante. Porém, o ataque foi um setor pouco efetivo até aqui. Mesmo ao marcar duas vezes em dois jogos, contra o Paysandu o Leão teve um a mais na maior parte do confronto. Se quiser ter uma vida mais tranquila, atletas como Rafinha precisarão recuperar a batida perfeita.
FICHA TÉCNICA:
Vitória x ABC – 3ª rodada da seguunda fase do Brasileirão da Série C
Local: Estádio Barradão, em Salvador-BA, às 17h
Árbitro: Andre Luiz de Freitas Castro (GO)
Assistentes: Hugo Savio Xavier Correa e Tiago Henrique dos Santos Braga (ambos de GO)
VAR: Jose Claudio Rocha Filho (SP-Fifa)
Vitória – Dalton; Alemão, Alan Santos, Marco Antônio e Sanchez (Lazaroni); Léo Gomes, Dionísio e Eduardo; Luidy (Honório) Rafinha e Tréllez. Técnico: João Burse
ABC – Matheus Nogueira; Richardson, Afonso, Ícaro (Alan Uchôa) e Felipinho; Wellington Reis, Erick Varão e Guilherme Nunes; Lucas Douglas, Fábio Lima e Henan. Técnico: Marchiori
(A tarde)