Vejo constantemente pessoas que repreendem atitudes de seus pais, mas as estão sempre repetindo, muitas vezes, mesmo não se orgulhando, acabam criando o mesmo padrão destrutivo no qual foram ensinadas. Aí você me pergunta: “Como posso agir diferentemente, se o que me ensinaram e o que eu vi desde pequeno é tal circunstância?’’
E eu lhe respondo com apenas uma palavra: “autoconhecimento”. Quando você tem autoconhecimento, sabe quem é neste mundo, o que deseja conquistar, aceita a sua história de vida, então as experiências mudam.
Acredito que devemos honrar nossos pais pelo simples fato de eles nos terem dado a vida, mas não precisamos carregar as bagagens deles nem viver a mesma vida. Isso eu digo para aqueles que são bem-sucedidos ou simplesmente têm um vício: você não precisa se cobrar ser tão bem-sucedida como sua mãe nem cair num vício só porque seu pai o tem.
Temos consciência para escolher o que é melhor para o nosso caminho. Chegamos a uma idade em que percebemos que não dá para viver agradando às pessoas ao nosso redor, não dá para viver sonhos que não são nossos ou simplesmente deixar-nos levar pelas mazelas que vemos desde pequenos.
Você não é os erros nem acertos daqueles com os quais convive, você é aquilo que DECIDE SER.
Eu queria gritar para o mundo o quanto é desnecessário – e que não deveria – se preocupar com o que falam a seu respeito, a não ser que venha de pessoas que você ama e sabe que realmente querem seu bem, o resto são só pessoas que não olham para si mesmas e então despejam no outro suas fraquezas interiores.
Eu queria que as pessoas soubessem o quanto é possível, sim, mudar sua história e construir a família que querem, com os valores com que sempre sonharam. Não estou dizendo de uma vida perfeita; não gosto de escrever sobre ilusão, eu gosto da verdade; filmes irreais nunca me interessaram e histórias também não. Eu gosto daquela realidade em que enxergamos que somos mais, daquele entusiasmo de olhar para a vida com otimismo, com amor. Gosto de enxergar que o mundo tem, sim, muitas notícias boas e pessoas boas também, mas notícia ruim é o que dá ibope, afinal nunca vi notícias extremamente boas rodarem pelo mundo.
Eu queria entrar em cada casa em que, muitas vezes, não há o que comer e falar para as pessoas da esperança de dias melhores e que Deus colocará alguém no seu caminho para lhes ajudar ou lhes abrirá uma porta com trabalho.
Eu queria falar para as pessoas que não podem estudar ou pagar uma faculdade que isso não é garantia de um futuro bom e que quem faz seu futuro é você, com seu esforço, independentemente do seu histórico.
Eu queria falar que você é capaz, sim, de deixar alguém que o intoxica e não o faz ser melhor que há bilhões de pessoas no mundo e é hipocrisia não pensar que uma delas o faria feliz.
Eu queria falar para as pessoas que querem tirar sua vida que, de fato, não é a vida que elas querem tirar, mas as suas dores. Gostaria de dizer-lhes: olhe, amanhã será um novo dia, não desista, a vida é feita de altos e baixos mesmo.
Eu queria acreditar que chegará o dia em que olharemos para trás e perceberemos que criamos aquilo que sempre queríamos viver, independentemente de onde viemos.
Nesse dia, perceberemos que, mesmo dando várias cabeçadas, deixamos um legado positivo, legado de esperança para gerações futuras, legado de bondade e não crueldade para as crianças, de amor e não vingança, de honestidade e não de falta de caráter.
Eu acredito, espero que você também. (O Segredo)