Dois meses depois de abrir sua primeira loja física no Brasil – que recebeu 5 mil fãs durante a inauguração -, a fabricante chinesa de smartphones e eletrônicos Xiaomi segue com planos de expansão no País. A empresa aumentará o portfólio de produtos, promete uma nova loja até o fim do ano e cogita até mesmo abrir uma fábrica de smartphones nacional.
Ainda não há data para a inauguração da nova loja, mas a empresa afirma que ela sairá do papel até o fim do ano. “Há intenção em expandir a operação de lojas físicas no Brasil e até o fim do ano teremos uma nova loja”, diz Luciano Barbosa, diretor de produtos da Xiaomi no Brasil, em entrevista ao Estado.
Foi a primeira vez que o executivo falou com a imprensa – ele não revelou onde o segundo ponto de venda será instalada. Pode, inclusive, ficar fora do Estado de São Paulo. “Existe demanda muito maior do que é suportado em uma loja. Temos intenção de aumentar ainda mais a quantidade de unidades.”
Atualmente, a única loja física da Xiaomi no País fica no Shopping Ibirapuera, em São Paulo. Desde sua inauguração, em 1.º de junho, a movimentação de fãs, especialmente nos finais de semana, é alta. A administração do shopping exige que a marca organize filas para que os clientes da marca visitem o espaço.
Para Carlos Rafael Neves, professor de tecnologia da ESPM, o boca a boca é responsável pelo grande movimento. “Esse tipo de loja vende mais que um produto: vende um conceito e atesta capacidade técnica”, afirma.
Mais celulares. Antes de abrir a nova loja, porém, a Xiaomi aumentará o portfólio de produtos disponíveis para os consumidores do País. Neste mês, a fabricante vai trazer três novos smartphones ao País: o Mi 9T, o Mi A3, e também o Redmi 7A – modelo com custo menor, que deve agradar o brasileiro. Ainda em agosto está confirmada a chegada da pulseira inteligente Mi Band 4.
Em setembro, a marca está programando lançar uma linha de lâmpadas inteligentes. O objetivo é ampliar o portfólio para 200 produtos até o fim do ano – a empresa chegou no Brasil com 100 modelos de aparelhos, e hoje já soma 170. Além de smartphones e lâmpadas, a marca vende patinetes elétricos, escovas de dentes inteligentes e outros itens tecnológicos.
O plano é dar mais opções de celulares aos consumidores. “Nesses meses no Brasil percebemos que o brasileiro tem interesse por modelos variados”, afirmou Barbosa.
Fábrica. A expansão faz a marca pensar em abrir uma fábrica no País – atualmente, os produtos vendidos aqui são importados. “Estudaremos o projeto nos próximos meses”, diz ele.
O plano pode ser positivo, segundo Neves. “Uma fábrica permite que a empresa faça adaptações no para o mercado nacional, como, por exemplo, diminuir a memória do celular para deixá-lo mais barato”, afirma.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.