A capital venezuelana, Caracas, e várias regiões da Venezuela sofreram um apagão na tarde desta segunda-feira, 22, segundo jornalistas da agência France Presse e denúncias de usuários. O ministro de Comunicação da Venezuela, Jorge Rodríguez, disse que um “ataque eletromagnético” à principal hidrelétrica do país causou o blecaute que afetou milhões de pessoas em quase todo o território nacional.
“Os primeiros indícios recebidos da investigação (…) apontam a existência de um ataque de caráter eletromagnético que tentou afetar o sistema de geração hidrelétrica de Guaiana, principal fornecedor deste serviço no país”, disse o ministro à emissora de televisão estatal VTV.
A queda de energia atingiu grande parte de Caracas às 16h41 (hora local, 14h41 em Brasília), enquanto cidadãos em redes sociais reportaram cortes em pelo menos metade dos Estados do país.
Mais cedo, empresa estatal Corporação Elétrica Nacional (Corpoelec) havia informado apenas sobre uma avaria que afeta setores da capital.
Em março, um blecaute paralisou Caracas e o restante dos 23 Estados da Venezuela por uma semana, provocando um colapso nos serviços básicos, como o fornecimento de água, e obrigando a suspender o expediente e as aulas.
O governo de Nicolás Maduro atribuiu o apagão a “ataques terroristas” contra a usina hidrelétrica de Guri (Estado de Bolívar, sul), que gera 80% da eletricidade consumida no país, e culpou a oposição e os Estados Unidos.
Em abril, houve outro corte que deixou grande parte do território no escuro, com duração de algumas horas.
Os blecautes são comuns na Venezuela, especialmente na zona oeste. O governo geralmente alega sabotagem, enquanto a oposição e especialistas responsabilizam a administração federal pela falta de investimento em infraestrutura e corrupção em meio a uma grave crise econômica. / AFP e EFE