A doleira Nelma Kodama foi repreendida pelo juiz da Vara de Execuções Penais de Curitiba, Danilo Pereira Júnior, após publicar um vídeo nas redes sociais ensinando a retirar a tornozeleira eletrônica, de acordo com o Estadão. Ela teve a pena de 15 anos de prisão decretada na Operação Lava Jato extinta, graças ao indulto natalino concedido no final de 2017 pelo ex-presidente Michel Temer.
Nelma ainda publicou fotos da tornozeleira em uma rede social, em que veste um vestido vermelho, está na ponta dos pés e, ao lado, está um sapado Chanel. O magistrado da 12.ª Vara Federal do Paraná afirmou que, com “a divulgação de vídeo retratando o rompimento do lacre da tornozeleira eletrônica, Nelma presta um desserviço à sociedade brasileira”.
“A atitude, longe de perpassar pela liberdade de expressão, a todos assegurada constitucionalmente, configura inegável comportamento antiético e ofensivo à dignidade de justiça”, anotou. A doleira foi presa no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos/Cumbica, em março de 2014, quando tentava embarcar para Milão com 200 mil euros escondidos na calcinha.
Entre as emblemáticas aparições de Nelma, está um depoimento à CPI da Petrobras em 2015, em que cantarolou trecho de “Amada Amante”, sucesso de Roberto Carlos, para explicar como era sua relação com o doleiro Alberto Youssef.
(Metro1)