Um juiz de direito do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) foi preso na manhã deste sábado, 23, em um desdobramento da “Operação Faroeste”, deflagrada pela Polícia federal (PF) na última terça-feira, 19.
De acordo com informações da PF, a prisão foi realizada em cumprimento a mandado de prisão temporária expedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O nome do juiz não foi divulgado.
Na última terça-feira, quatro desembargadores e dois juízes do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) tinham sido afastados de suas funções por um prazo de 90 dias. No mesmo dia, a PF cumpriu ainda quatro prisões temporárias e 40 mandados de busca e apreensão.
Entre os desembargadores afastados estão o presidente do TJBA, Gesivaldo Britto, José Olegário Monção, Maria da Graça Osório e Maria do Socorro Barreto Santiago. Os juízes afastados temporariamente são Marivalda Moutinho e Sérgio Humberto Sampaio.
Ainda de acordo com a decisão judicial que autorizou a Operação Faroeste, as quatro prisões temporárias foram cumpridas contra Márcio Duarte Miranda, Antônio Roque do Nascimento Neves, Adailton Maturino dos Santos, e a mulher dele, Geciane Souza Maturino dos Santos.
Segundo as investigações que deram suporte aos pedidos de medidas cautelarer, os envolvidos participaram, com diferentes graus de envolvimento, de um esquema de venda de decisões judiciais para favorecer e legitimar uma grilagem (esquema de usurpação de terras alheias), com mais de 360 mil hectares e movimento de cifras bilionárias.
Após o afastamento do presidente, a eleição do TJ-Bahia foi adiada. Estava prevista para acontecer na quarta-feira, 20, mas o presidente em exercício do tribunal, Augusto de Lima Bispo, resolveu adiar, conforme edital publicado no Diário da Justiça.