Uma mulher foi presa em flagrante após matar o companheiro atropelado em Ituverava (SP) na noite do sábado (28). Logo após o crime, ela gravou um vídeo confessando a ação e disse que estava sendo ameaçada.
“Matei. Matei porque ele falou que eu ia morrer”, disse Cláudia Aparecida Fernandes Nascimento, de 47 anos, em gravação publicada nas redes sociais.
Ela foi levada ao plantão policial, onde foi indiciada por homicídio qualificado doloso, cometido quando há intenção de matar, e por embriaguez ao volante. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP/SP), a mulher apresentou sinais de transtorno e afirmou ter bebido antes de dirigir.
Ela passou por audiência de custódia neste domingo (29) no Fórum de Ituverava e foi encaminhada para a penitenciária feminina da Guariba (SP), segundou apurou a EPTV, afiliada da TV Globo.
A reportagem ainda não conseguiu localizar o advogado de Cláudia Aparecida.
Atropelado e morto
Segundo informações registradas em boletim de ocorrência, Adriano Joaquim Sampaio, de 45 anos, morreu após ser atingido duas vezes de carro no bairro Marajoara, por volta das 20h40.
A PM apurou inicialmente que Cláudia atingiu Adriano com um automóvel logo depois de encontrá-lo em frente à casa dela. Os policiais também ouviram testemunhos de que o homem ainda tentou se levantar e fugir, mas foi atropelado uma segunda vez antes de morrer.
De acordo com a SSP, a vítima foi arrastada por alguns metros e ficou preso nas ferragens. Quando os agentes chegaram ao local, encontraram o homem sob o carro e confirmaram a morte. O corpo foi retirado com a ajuda de moradores.
Pouco antes da chegada das equipes, a mulher começou a gravar um vídeo, em que confessa ter atropelado Adriano. Ela conta que tinha uma medida protetiva, mas vinha sendo ameaçada de morte por ele.
“Se eu tiver que chorar eu vou chorar, porque eu amo, mas de arrependimento eu não vou chorar. Ele me fez sofrer”, disse.
Ainda enquanto Cláudia gravava o vídeo, era possível ouvir o som de sirenes no local. A mulher se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas teve a embriaguez constatada por um médico legista.
(G1)