Golpes financeiros que são feitos por meio da clonagem do número do WhatsApp fazem 15 vítimas por dia no estado, de acordo com reportagem do Correio publicada hoje (18).
Ao menos duas pessoas, entre as dezenas que receberam as mensagens, caíram no golpe e fizeram depósitos de R$ 1.500 e R$ 1.850 em nome de Jeffeson Augusto Mariano, em uma conta da Caixa Econômica Federal de São Paulo.
“Registramos queixa na polícia, meu WhatsApp já foi desbloqueado, mas até hoje ninguém foi preso. E continuo recebendo ligações. Hoje mesmo [quinta-feira da semana passada] recebi uma ligação de São Paulo com a mesma conversa”, disse uma das vítimas, que trabalha como esteticista de Vitória da Conquista, no sudoeste do estado.
De acordo com o delegado João Cavadas, coordenador do Grupo Especial de Repressão a Crimes por Meios Eletrônicos, da Polícia Civil da Bahia, os golpes têm se tornado cada vez mais frequentes no estado.
No entanto, a Bahia, não há uma delegacia especial para apuração de crimes do tipo. Somente o grupo que Cavadas coordena serve como suporte de orientação para delegados de todo o estado. Nas delegacias, os casos são caracterizados como crimes de estelionato, virtuais ou não. Com isso, não há uma estatística certa de quantos golpes do tipo ocorrem, apenas a estimativa.
“Há várias modalidades de crimes virtuais, mas pelo que temos visto a maioria é por meio do envio de um link para o WhatsApp ou e-mail e no qual a pessoa que clica já está fornecendo para o golpista os dados dela, como a senha do WhatsApp”, disse o delegado.
A partir da obtenção dos dados das vítimas, o golpista passa a assumir o controle da conta e tem acesso a todos os contatos da pessoa.
Nos contatos, os golpistas questionam se a pessoa está em um banco ou usa aplicativo de banco, e solicita que faça transferência bancária, usando alguma justificativa para tal. Também há casos em que o golpista faz um depósito bancário falso, com envelope vazio, na conta da pessoa e no mesmo dia entra em contato para pedir que faça o estorno.
“Importante a pessoa que está sendo procurada ligar e ver se a pessoa atende. É necessário também prestar atenção se a conta que está enviando é em nome de outra pessoa”,explica o delegado. (Metro1)