Uma das empresas alvo da operação Ragnarok da Polícia Civil na Bahia hoje (1º), no bojo das investigações contra fraudes na venda de respiradores para tratar o coronavírus, queria instalar um parque industrial na Bahia, segundo o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa.
A instalação da fábrica chegou a ser anunciada pelo governo do Estado, que à época não sabia da fraude. “Houve a intenção de montar o parque industrial na Bahia e descobrimos que se tratava dessa empresa, que atuava como se tivesse respiradores prontos e que descobrimos que não são respirados úteis pela Anvisa. Hoje não descobrimos nenhum respirador pronto”, afirmou Barbosa, em coletiva.
Ainda segundo o secretário, todos os mandados de prisão foram cumpridos hoje e a Justiça forneceu dados de mais de 150 contas bancárias. Além de formação de quadrilha e outros crimes financeiros que estão sendo apurados, de acordo com o secretário. Maurício Barbosa afirmou ainda que a venda de medicamentos hospitalares não era uma especialidade da empresa contratada. “O que a parte suspeita alega é de que a China não entregou esses respiradores e que ela tinha dado a opção de entregar respiradores nacionais. Isso não procede, a própria Embaixada da China reconheceu que o contrato que ela apresentou no processo é falso. A empresa chinesa é uma empresa de construção civil, que não trata de respiradores e materiais hospitalares e que nunca tratou com nenhuma empresa brasileira sobre a aquisição de nada”, declarou o chefe da SSP.
Ao todo, duas pessoas foram presas em Brasília e uma no Rio de Janeiro. (Metro1)