A vacina contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com o laboratório AstraZeneca, pode estar disponível até o final de 2020. Foi o que disse Sarah Gilbert, principal desenvolvedora do imunizante, à Rádio BBC, nesta terça-feira (21).
“A meta do final do ano para ter a vacina disponível é uma possibilidade, mas não há absolutamente certeza sobre isso, porque precisamos que algumas coisas aconteçam”, afirmou ela.
Dados divulgados nesta segunda-feira (20) apontaram que os testes feitos com a vacina apresentaram segurança e resposta imune contra o novo coronavírus. No entanto, de acordo com Sarah, ainda é necessário que a vacina se prove eficaz em fases mais avançadas de testes – sendo aplicada em mais pessoas.
Segundo a agência de notícias Reuters, Sarah ainda pontuou que, para isso, é necessário que haja uma fabricação em massa de doses do produto e, depois de tudo feito, ainda é preciso da licença dos órgãos reguladores.
O laboratório AstraZeneca garante a capacidade de produzir as doses, mas ainda é preciso que mais pessoas estejam expostas ao vírus no Reino Unido para fazer o teste. “O crucial é que tenhamos um número suficiente de pessoas expostas ao vírus que também tenham a vacina para que possamos ter um julgamento adequado sobre se ela evita a doença e permanece segura”, afirmou John Bell, professor de Medicina da Universidade de Oxford, à BBC.
Em último caso, o cientista acredita que os testes feitos no Brasil e na África do Sul serão capazes de fornecer os dados necessários.
A vacina da Universidade de Oxford é a mais avançada em testes no mundo, pois já está na fase 3. No entanto, apesar de ela ter induzido resposta imune na fase um, os cientistas ainda não sabem o quanto dessa resposta imune é necessária para gerar prevenção contra a Covid-19.