Um testemunho pessoal do pastor Lucinho Barreto sobre pornografia traz um alerta sobre a facilidade de se tornar viciado neste tipo de material, os danos causados aos relacionamentos e a necessidade de saber diferenciar a tentação com a capacidade de resistir.
“A pornografia entrou na minha vida da forma menos imaginável”, confessou o pastor de jovens da Igreja Batista da Lagoinha. Seu relato foi publicado em vídeo em seu canal no YouTube, e conta com centenas de milhares de visualizações.
O tema é recorrente para Lucinho, que publicou o livro Pornografia Mata. No testemunho, ele orienta aos jovens e adultos como lutar contra o vício nos materiais pornográficos, e usa sua própria jornada para ilustrar o árduo caminho da superação do problema.
Para ele, o problema começou ainda na infância: “Eu era criança, estava em um culto e o melhor amiguinho meu me chamou para dormir na casa dele. Minha mãe deixou, porque o pai do menino era um dos líderes da igreja. Quando eu cheguei lá, ele ele enfiou a mão debaixo de uma cama e puxou um monte de revistas pornográficas. As revistas eram de desenhos à mão. E foi assim que eu perdi a inocência. E é assim que muita gente tem perdido a inocência também”.
Traçando comparações, o pastor ponderou que a pornografia não estava tão acessível às pessoas como nos dias atuais, em que os materiais são publicados na internet. Mesmo assim, as revistas adultas chegaram a ele. Por outro lado, o dano causado pela alta disponibilidade de fotos e filmes pornográficos nos dias atuais é muito mais abrangente e intenso.
“Pornografia na minha época, tinha que ter muita coragem, porque tinha que ir a uma banca de jornal, tinha que comprar, os filmes eram em VHS, tinha que se expor para poder ver. Hoje está na palma da mão, no celular, está muito fácil, você faz isso na maior naturalidade”, contextualizou. “Hoje não são poucos os líderes religiosos, pastores, líderes de adolescentes e jovens que estão presos nesse pecado”, lamentou.
Destruição
Para os jovens que anseiam com o casamento ou se empenham em ministérios na igreja, o alerta foi severo: esses compromissos não imunizam ninguém do risco de se envolver com a pornografia ou abandoná-la, caso já exista uma dependência: “Não sei te falar quantas centenas de vezes pessoas casadas me procuraram para dizer que seu cônjuge estava vendo pornografia. Então, a pessoa que casa e pensa assim: ‘O dia que eu casar, resolvo esse problema da pornografia’… é tanta bobeira. Você não está entendendo, a pornografia não tem a ver com casar, não tem a ver com ministério. Nada cura a pessoa dos pecados sexuais a não ser uma intervenção direta do Espírito de Jesus”.
A destruição dos relacionamentos causada pela pornografia é real, disse o pastor, acrescentando que quem consome esse tipo de material passa a enxergar as pessoas com quem se relaciona como simples objetos: “A pornografia transforma você em um bicho. Você começa a ver pessoas como objetos para te satisfazer. Ela puxa de dentro de você os seus piores instintos. Descobriram que 87% dos pedófilos e das pessoas que cometem crimes relacionados à sexualidade são profundamente presos à pornografia”, afirmou Lucinho Barreto.
Resistir
Lucinho admitiu que precisou de ajuda e acompanhamento para aprender a resistir à pornografia, e isso exigiu coragem para que buscasse ajuda de pessoas idôneas e de confiança: “Procurei o meu líder e falei: ‘Não estou liberto, preciso de ajuda, me acompanha’. Foi assim que fui ajudado, fui me libertando e estou falando aqui para você hoje, completamente livre”.
Um dos pontos ressaltado por ele foi que buscar ajuda para resistir não significa nunca mais sofrer tentação: “Não confunda a prática com a tentação. Se você não quiser mais ser tentado terá de morrer. Se você sofreu em alguma área da vida, será tentado naquela área para o resto da vida. Isso é normal e não faz de você uma pessoa menos santa. Jesus foi tentado, mas qual a diferença? Ele não caiu na tentação”, explicou. “A pornografia me colocou na porta do inferno. Coisas terríveis aconteceram comigo. Depressão, muito atraso de vida, muito prejuízo para os meus relacionamentos”.
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Por Tiago Chagas / Gospel +