O índice de abstenção nas eleições municipais cresceu mais entre os mais jovens do que entre os mais velhos, mesmo com um pleito que ocorreu em meio a uma pandemia cujo grupo de risco são pessoas acima de 60 anos.
Em comparação com a disputa de quatro anos atrás, a abstenção entre os eleitores jovens cresceu 124% no primeiro turno.
Considerando apenas os eleitores de 18 anos, 22,1% faltaram à eleição do primeiro turno deste ano. Os números proporcionalmente são ainda mais altos nas duas maiores capitais do país. Em São Paulo, a ausência de eleitores de 18 anos cresceu 142%. No Rio, essa elevação foi de 159,1%.
Entre os eleitores com 19 anos, o percentual de crescimento da abstenção nacional ainda foi alto, mas bem menos significativo: 72,7%. Em todas as faixas etárias, se relacionadas ao pleito de 2016, cresceu o percentual de pessoas que deixaram de votar.
Nos extremos das idades em que a votação é obrigatória, todavia, esses números se acentuam. Entre os eleitores de 65 a 69 anos, houve um crescimento de ausentes na ordem de 78%. Esse total representou aproximadamente 28% do eleitorado dessas idades, segundo informações da Folha de S.Paulo.
Ao fim das eleições, o próprio TSE (Tribunal Superior Eleitoral) avaliou que as condições neste ano, com a pandemia, foram propícias para que houvesse um número elevado de faltantes. (bahia.ba)