O governo da Bahia, por meio da Secretaria Planejamento (Seplan), desmentiu a informação de que a gestão vendeu 10% do território baiano para outros países. De acordo com a pasta, estudos técnicos têm sido realizados para a possível concepção de um projeto de cidades inteligentes, que visa prospectar investidores, nacionais ou internacionais, que resultará na construção de diversos empreendimentos nas cidades impactadas pela Ponte Salvador-Ilha de Itaparica.
A informação falsa, que surgiu em maio e desde então circula principalmente nas plataformas virtuais, acusa que chineses planejam construir, de forma “discreta e minuciosa”, uma nova cidade na Bahia, responsabilizando nominalmente o governador Rui Costa (PT) e o vice João Leão (PP) pelo fato.
No entanto, o estudo para concepção dessas cidades inteligentes, ou smart cities, tem como referência as cidades tecnológicas de diversos países. “Vale ressaltar também que esse modelo urbano consiste no uso da tecnologia de forma planejada e estratégica para otimizar a infraestrutura, a mobilidade urbana e as conexões sociais. Visa ainda construir soluções pautadas na sustentabilidade e na melhoria da qualidade de vida da população baiana”, justifica a Seplan.
Ainda em fase embrionária, a proposta está sendo feito por um time de técnicos da Secretaria, envolvendo entidades da sociedade civil e das universidades, e terá o detalhamento divulgado com transferência pelo Governo do Estado assim que for concluído. A pasta ressalta, contudo, que a análise visa a requalificação de cidades das regiões do traçado da ponte e, para isso, tem atualizado a Agenda de Desenvolvimento Territorial (AG-Ter), com encontros técnicos em diversos territórios de identidade.
“A Seplan reforça que o Governo não está vendendo parte alguma do território baiano para outros países e que são falsas as mensagens com conteúdo sem nexo, maldosas e carregadas de desinformação que têm circulado nas redes sociais sobre este assunto, diz a pasta por meio de nota. (BN)