A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou informações complementares para analisar o pedido de uso emergencial da Coronavac no público infantil. A decisão foi tomada nesta terça-feira (21) após reunião com técnicos da Anvisa, representantes do Instituto Butantan e sociedades médicas.
De acordo com a análise feita pelos pesquisadores da Anvisa e especialistas, como pediatras e imunologistas, os dados apresentados pelo instituto paulista não são suficientes. Os avaliadores entenderam que o Butantan precisa apresentar dados ”ausentes no processo” para, depois, avaliar se libera ou não a vacina da Coronavac em crianças e adolescentes.
”A Anvisa vai encaminhar ao Instituto uma série de questionamentos sobre dados que ainda não estão presentes no processo e que impedem a conclusão da análise pela Agência”, informou a agência reguladora em nota.
A reunião foi divida em duas etapas. Primeiro os representantes do Instituto apresentaram estudos sobre o imunizante em crianças e passaram a responder aos questionamentos de especialistas presentes no encontro. Na segunda etapa, apenas técnicos da reguladora e representantes de sociedades médicas analisaram as informações prestadas pelo Butantan.
”Na avaliação dos técnicos da Anvisa e dos especialistas externos convidados há lacunas importantes nos dados apresentados pelo Butantan que ainda impedem afirmar de forma científica o grau de imunidade gerado nas crianças e adolescentes”
O Instituto Butantan divulgou uma nota em que ”agradece as associações médicas” que estiveram na reunião e informou que ”foram apresentados dados robustos sobre imunogenicidade e segurança do imunizante mostrando, mais uma vez, que há elementos suficientes para autorização”.
Por se tratar de vacinas para crianças, a Anvisa incluiu as reuniões com especialistas da área no processo de autorização de imunizantes para esse público. Segundo a agência, a mesma medida foi adotada durante os estudos sobre a vacina da Pfizer, liberada para crianças na semana passada. (Metr1)