O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), minimizou a compra de 35.320 comprimidos de Viagra para atender às Forças Armadas e declarou, a exemplo do que fez o presidente Jair Bolsonaro (PL), que o número “não é nada”.
De acordo com o que divulgou o Portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, em entrevista recente Mourão classificou a polêmica em torno do caso como “coisa de tabloide sensacionalista”. O vice, que é general da reserva, defendeu as aquisições e argumentou que boa parte da verba utilizada sai de um fundo alimentado por descontos nos salários dos militares.
Oficialmente, as Forças Armadas afirmaram que os medicamentos, também usados para tratar disfunção erétil, são destinados ao combate à hipertensão arterial e às doenças reumatológicas.
“Lógico que está havendo exagero. Mesmo que seja para o cara usar [para disfunção erétil]. Vamos colocar como funciona o sistema de saúde do Exército: um terço é recurso da União, que é o chamado fator de custo, é a contrapartida da União para os militares. E dois terços é o fundo de saúde que é bancado pela gente. Então, eu desconto 3% do meu salário para o fundo de saúde. E todos os procedimentos que eu faço a gente paga 20%, além dos 3% que ele desconta. Nós temos farmácias. A farmácia vende medicamentos. E o medicamento é comprado com recursos do fundo”, explicou.
“Então, tem o velhinho aqui [aponta para si próprio]. Eu não posso usar o meu Viagra, pô? O que são 35 mil comprimidos de Viagra para 110 mil velhinhos que tem? Não é nada”, disse ele.