Candidato a vice-prefeito de Foz do Iguaçu (PR) pelo PT, o guarda municipal Marcelo Arruda morreu, na madrugada deste domingo (10), ao ser baleado em sua festa de aniversário de 50 anos, com temática do Partido dos Trabalhadores Lula. Bolsonarista, o autor dos disparos também faleceu após troca de tiros.
Em entrevista ao Portal da Cidade, testemunhas relataram que a festa era realizada na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu (Aresfi), em Foz, quando um homem desconhecido entrou no local e ameaçou o anfitrião e os cerca de 40 convidados. “Após uma rápida discussão, esse então desconhecido sacou de uma arma e ameaçou todos. Logo depois saiu dizendo que voltaria para matar todo mundo”, contou uma fonte que preferiu o anonimato, em entrevista ao site H2Foz.
Ainda segundo o Portal da Cidade, após as ameaças, o guarda municipal resolveu buscar sua arma no carro, por precaução. De acordo com testemunhas, o homem, que era agente penitenciário e apoiador do presidente Jair Bolsonaro, acertou dois tiros contra Marcelo, que revidou, atingindo o atirador na cabeça. As testemunhas atribuíram o crime a intolerância política.
O guarda municipal, que deixa esposa e quatro filhos, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. O agente penitenciário, por sua vez, foi internado em estado grave em um hospital, mas também veio a óbito.
Após o incidente, a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann lamentou o episódio. “Nosso companheiro e amigo Marcelo Arruda, guarda municipal em Foz do Iguaçu, foi assassinado ontem em sua festa de 50 anos. Um policial penal, bolsonarista, tentou invadir a festa com arma. Trocaram tiros. Ambos morreram. Uma tragédia fruto da intolerância dessa turma”, escreveu a parlamentar.
Por meio de nota, o PT cobrou “medidas efetivas de prevenção e combate à violência política” das autoridades. “Alertamos ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal para que coíbam firmemente toda e qualquer situação que alimente um clima de disputa violenta fora dos marcos da democracia e da civilidade. Iniciativas nesse sentido foram devidamente apontadas pelo PT em várias oportunidades, junto ao Congresso Nacional, o Ministério Público e o Poder Judiciário”, diz comunicado.
O partido apontou ainda que, através de discurso de ódio e política de armas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) estimula o conflito e o ataque aos adversários. “Quaisquer pessoas ensandecidas por esse projeto de morte e destruição vêm se transformando em agressores ou assassinos”, afirmou o PT. (bahia.ba)