Forças Armadas teriam constatado que não houve fraude nas urnas, em relatório segurado por Bolsonaro
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Alexandre de Moraes determinou que o Ministério da Defesa apresente uma cópia de uma eventual auditoria das urnas eletrônicas em até 48 horas. O ministro atendeu a um pedido da Rede, que apontou que o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, defendeu uma checagem alternativa das eleições deste ano.
Moraes diz que essa auditagem feita pelas Forças Armadas parece “demonstrar a intenção de satisfazer a vontade eleitoral manifestada pelo Chefe do Executivo, podendo caracterizar, em tese, desvio de finalidade e abuso de poder”. O ministro pede que o Ministério da Defesa apresente a fonte dos recursos usados.
As Forças Armadas fizeram uma fiscalização paralela do funcionamento das urnas eletrônicas, através da análise dos boletins de urna, e também participaram do teste de integridade com o uso da biometria de eleitores —um dos pedidos feitos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até agora, no entanto, o Ministério da Defesa não tornou público o relatório.
Após o primeiro turno, Jair Bolsonaro (PL) decidiu segurar o relatório feito por militares que concluiu que não houve fraude no primeiro turno. De acordo com a coluna de Malu Gaspar, do jornal O Globo, o presidente da República disse que os militares “deveriam se esforçar mais”, porque “as informações não batiam com o que ele próprio soube a respeito do assunto”.
Na última terça-feira, 11, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, aceitou o pedido para que o Ministério da Defesa forneça o relatório sobre auditoria em urnas no primeiro turno das eleições.
No primeiro turno, disputado no dia 2 de outubro, Jair Bolsonaro (PL) ficou com segundo lugar, com 43,20% dos votos, atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve 48,43%. (AT)