Durante discurso na Cúpula do G77, o presidente Lula (PT) chamou de “ilegal” o embargo econômico dos Estados Unidos contra Cuba. O mandatário frisou que o Brasil é contra “qualquer medida coercitiva de caráter unilateral” e ainda rechaçou a “inclusão de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo”.
“É de especial significado que, neste momento de grandes transformações geopolíticas, esta Cúpula seja realizada aqui em Havana. Cuba tem sido defensora de uma governança global mais justa. E até hoje é vítima de um embargo econômico ilegal. O Brasil é contra qualquer medida coercitiva de caráter unilateral. Rechaçamos a inclusão de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo”, disse.
A oposição ao embargo econômico é histórica na diplomacia brasileiro com o objetivo de reiterar que o país não concorda com sanções unilaterais. O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, no entanto, rompeu com este posicionamento em 2019 e votou contra a resolução da ONU que condenava a medida.
Na oportunidade, o presidente brasileiro ainda voltou a cobrar os países ricos pela “dívida histórica” com o aquecimento global e afirmou que “o princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas permanecem válidos” e cobrou o financiamento climático aos países em desenvolvimento.
“Temos que aproveitar o patrimônio genético da nossa biodiversidade com repartição justa dos benefícios resguardando a propriedade intelectual sobre nossos recursos e conhecimentos tradicionais. Vamos promover a industrialização sustentável, investir em energias renováveis na bioeconomia e na agricultura de baixo carbono. Faremos isso sem esquecer que não temos a mesma dívida histórica dos países ricos pelo aquecimento global”.