Salvador: Moradores de prédio interditado nos Barris denunciam Coelba por cobrança irregular

Empresa afirma já ter cancelado as contas, moradores cobram também por auxilio municipal

Imagem: Reprodução/Vídeo/Defesa Civil

O edifício Politeama do Alto, no bairro dos Barris, interditado completamente após o desabamento de parte da garagem, segue com futuro indefinido. Os moradores, ainda proibidos de entrar em seus apartamentos, continuam recebendo contas de energia com os mesmos valores de antes. O cenário foi relatado em denúncias feitas pelos próprios moradores.

Segundo matéria do portal A Tarde, a Neoenergia Coelba, em contato com o veículo, afirmou que cancelou as contas apresentadas. “O consumo de energia dos consumidores do condomínio Alto do Politeama, localizado nos Barris, permanecerá sem faturamento durante a interdição do imóvel. Proativamente a distribuidora encerrou os contratos de fornecimento de energia das unidades e, caso haja a autorização para que os moradores retornem ao local, a empresa realizará a reativação. A Neoenergia Coelba se mantém à disposição”.

O perfil da empresa no site da Reclame Aqui conta com mais de 7,4 mil reclamações realizadas por moradores. Ainda segundo a plataforma, cerca de 69,5% das solicitações foram atendidas e menos de 60% ‘voltariam a fazer negócio’ com a empresa. A ideia das pessoas afetadas com o desabamento é que, pelo menos, haja uma redução no valor dessas contas.

“Temos dois meses e as contas de energia não deixam de chegar. Contas no mesmo valor. Eles entraram em contato com a gente, dizendo que aconteceria uma redução. Mas, até o momento, ainda não fizeram nada. As taxas ainda permanecem”, denunciou um dos moradores.

“Estamos aguardando para ver se a taxa vai reduzir, para, pelo menos, ficar a taxa mínima. Não estamos usando energia no local, está tudo desligado. Até a água foi desligada. Algumas pessoas fizeram aquele corte simbólico, que é feito online, porque não pode entrar no prédio”, explicou outro.

Enquanto esperam uma resolução para a situação, os moradores seguem vivendo em de parentes ou vizinhos que cederam suas casas para abrigá-los. Enquanto isso, eles seguem sem poder retirar todos os pertences de seus apartamentos. Eles reclamam ainda dos auxílios municipais que seguem sem pagamento previsto.

“Tiveram uma reunião com a gente onde foi dado um prazo de 10 meses pra reconstrução total do prédio. E disse que entre uma ou duas semanas ia dar uma posição para saber se ia autorizar tirar as coisas”, explicou um dos moradores, que disse ainda que as obras no local já iniciaram há cerca de uma semana e meia.

O acidente ocorreu no dia 8 de abril, quando parte da estrutura da garagem cedeu levando três carros e uma moto a atingirem a estrutura da sede da Superintendência de Trânsito (Transalvador). No mesmo dia, técnicos da Defesa Civil (Codesal) e Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) estiveram no local e fizeram vistoria. As famílias foram autorizadas, uma por vez, a retornarem a seus apartamentos para retirar os pertences e documentos imprescindíveis.

Fonte: Bahia.ba

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