Brasil discute estratégias para melhorar educação para a adolescência

O Seminário Internacional Construindo uma Escola para as Adolescências, realizado no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e transmitido online, discutiu estratégias para garantir uma educação de qualidade nos anos finais do ensino fundamental no Brasil. Esta etapa, crucial para a formação acadêmica e pessoal dos estudantes entre 11 e 14 anos, enfrenta desafios como reprovação e abandono escolar, especialmente entre populações vulneráveis. A socióloga Edneia Gonçalves destacou a importância da função social da escola na redução das desigualdades e no desenvolvimento de aprendizagens significativas.

O evento apresentou o Programa de Fortalecimento para os Anos Finais do Ensino Fundamental – Programa Escola das Adolescências, lançado pelo governo federal. O programa visa melhorar a qualidade da educação para essa faixa etária, promovendo um ambiente acolhedor e apoiando as escolas com recursos técnicos e financeiros, especialmente nas áreas mais vulneráveis. A pesquisa “Diálogos políticos em foco para o Brasil”, realizada pela OCDE e Fundação Itaú Social, comparou a situação brasileira com outros países e identificou a falta de indicadores positivos como senso de pertencimento, clima disciplinar e apoio docente nas escolas.

A pesquisa revelou que o Brasil está entre os piores em termos de senso de pertencimento e clima disciplinar, e nenhum país da OCDE alcança todos os três indicadores desejáveis para um bom desempenho escolar. Entre as práticas recomendadas estão ouvir os estudantes e oferecer informações sobre carreiras. Além disso, o Ministério da Educação, em parceria com a Fundação Itaú, lançará um edital de pesquisa para identificar e fortalecer boas práticas no ensino de matemática nos anos finais do ensino fundamental.

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