Polícia Federal deflagra operação para investigar desvio de emendas de Hugo Motta

foco da investigação é um contrato de R$ 5,1 milhões firmado pela Prefeitura de Patos, que é governada pelo pai de Motta, Nabor Wanderley (Republicanos-PB).

Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) realizou, na manhã desta quinta-feira (12), uma operação para investigar o desvio de recursos públicos envolvendo o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), que é apoiado por Arthur Lira (PP-AL) na disputa pela presidência da Câmara.

Segundo o portal Metrópoles, a PF não divulgou os nomes dos investigados, mas o rastreamento do dinheiro levou a pessoas ligadas ao deputado paraibano. Hugo Motta, ao ser procurado, afirmou que não é o alvo da operação, defendeu a importância dos órgãos de fiscalização e disse que qualquer ilegalidade comprovada deve ser punida dentro da lei.

O foco da investigação é um contrato de R$ 5,1 milhões firmado pela Prefeitura de Patos, que é governada pelo pai de Motta, Nabor Wanderley (Republicanos-PB). Os pagamentos vieram de recursos do chamado Orçamento Secreto, declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Embora Hugo Motta não apareça oficialmente como autor dos repasses, declarações de Nabor Wanderley indicam que ele foi responsável por conseguir os recursos. “Essa é mais uma importante obra de mobilidade urbana que está sendo realizada em nossa cidade graças aos recursos conseguidos pelo deputado federal Hugo Motta”, escreveu o prefeito em dezembro de 2021, ao anunciar o início das obras.

A empresa que executa a obra, Engelplan Construções e Locações, pertence a André Luiz de Souza Cesarino, que é seguido por Hugo Motta nas redes sociais. O contrato foi assinado como parte de um convênio entre o antigo Ministério do Desenvolvimento Regional e a Caixa Econômica Federal.

De acordo com o Metrópoles, Hugo Motta já destinou cerca de R$ 10 milhões em emendas para a prefeitura do pai.

Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão pela 14ª Vara Federal em Patos (PB), e bens dos investigados, no valor de R$ 269,1 mil, foram apreendidos.

Se as irregularidades forem confirmadas, os envolvidos podem responder por crimes como fraude em licitações, pagamento irregular em contratos, peculato, crimes tributários e lavagem de dinheiro.

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