Mãe de jovem assassinado em comemoração eleitoral em SAJ busca justiça e critica julgamento precipitado

Cátia Maria pede esclarecimentos sobre a morte de Caíque Bispo dos Santos, morto durante comemoração de eleição

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Em uma entrevista à rádio Andaiá FM, Cátia Maria, mãe de Caíque Bispo dos Santos, falou sobre sua luta por justiça após o assassinato do filho em 6 de outubro, durante uma festa na Praça do São Benedito. Ela revelou que não recebeu atualizações das autoridades sobre as investigações e decidiu buscar visibilidade para o caso através da rádio.

“Ninguém nos procurou para falar sobre o crime. Não sei como estão as investigações. Estão julgando meu filho como se ele estivesse envolvido com a criminalidade. Isso machuca, pois não há provas”, desabafou.

Cátia contou que Caíque, de 18 anos, era estudante e jogador de futebol. Ele estava longe do tiroteio e foi ao local apenas para se conectar ao Wi-Fi e falar com a namorada. A mãe enfatizou que seu filho não tinha envolvimento com atividades ilícitas, alegando que a associação dele ao crime baseava-se apenas em sua aparência, como o uso de correntes e o corte de cabelo.

“Meu filho não está mais aqui para se defender. Ele não era bandido. Não podemos julgar alguém pela aparência”, afirmou Cátia, que também comentou sobre o preconceito enfrentado por Caíque após sua morte. Ela destacou a dedicação do jovem aos estudos e ao esporte, lembrando que a escola onde estudava entrou em luto, assim como seus colegas da escolinha de futebol.

Cátia reiterou seu desejo por respostas e pediu uma ação mais efetiva da polícia. Indignada com o julgamento social, ela defendeu que a aparência não deve ser usada como critério para associar pessoas a atividades criminosas. O caso continua sem resolução, e Cátia busca não apenas justiça pela morte do filho, mas também um combate ao preconceito, pedindo respeito à dor da família.

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