O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (21) a suspensão da plataforma de vídeos Rumble no Brasil. A decisão foi tomada após a empresa não cumprir uma ordem anterior que exigia a nomeação de um representante legal no país dentro de 48 horas.

O ministro buscava intimar a plataforma para remover o canal do blogueiro Allan dos Santos, investigado por disseminação de fake news. No entanto, advogados localizados no Brasil informaram que não tinham autoridade para receber notificações oficiais, pois não eram representantes legais da empresa.

A suspensão do Rumble gerou repercussão internacional. A Trump Media, empresa responsável pela Truth Social, e a própria Rumble acionaram a Justiça dos Estados Unidos, alegando que Moraes estaria promovendo censura e violando a soberania americana com suas decisões sobre conteúdos digitais.

O Rumble é uma plataforma de compartilhamento de vídeos criada em 2013 como alternativa ao YouTube, com um posicionamento voltado à liberdade de expressão e menos restrições à moderação de conteúdo.

O site ganhou popularidade entre políticos e criadores de conteúdo conservadores, especialmente nos Estados Unidos, ao oferecer um espaço para aqueles que enfrentam restrições em plataformas tradicionais.

A empresa firmou parcerias estratégicas com organizações como a Trump Media & Technology Group, ampliando seu alcance entre apoiadores do ex-presidente Donald Trump.