A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) realizará uma nova eleição no próximo dia 25 de maio, conforme anúncio feito nesta sexta-feira (14) pelo interventor Fernando José Sarney, vice-presidente da entidade. A decisão ocorre um dia após a destituição de Ednaldo Rodrigues do cargo de presidente, por determinação do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), com base em suspeitas de fraude na assinatura de um acordo que o manteve no poder.
Segundo a perícia, a assinatura do ex-vice-presidente Coronel Nunes, um dos signatários do acordo, seria falsa. A decisão da Justiça fluminense está sendo contestada por Ednaldo no Supremo Tribunal Federal (STF).
Votação às vésperas da estreia de Ancelotti
A eleição será realizada um dia antes do início oficial dos trabalhos de Carlo Ancelotti como técnico da seleção brasileira. No dia 26, o italiano deve anunciar sua primeira convocação, com vistas aos jogos contra o Equador e Paraguai, válidos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
A CBF informou que o edital de convocação será publicado em jornais neste sábado (15). O processo eleitoral seguirá o estatuto da entidade e será conduzido por uma Comissão Eleitoral Apartada e Independente, conforme previsto na Lei Pelé (Lei nº 9.615/98).
Detalhes do processo eleitoral
De acordo com o cronograma divulgado por Sarney:
- Registro de chapas: de 18 a 20 de maio
- Assembleia Geral Eleitoral: 25 de maio
Serão escolhidos:
- O novo presidente da CBF
- Oito vice-presidentes
- Três membros efetivos e três suplentes do Conselho Fiscal
Os mandatos valerão para o quadriênio 2025-2029.
Sarney garantiu que o processo será conduzido com “transparência, democracia e participação”, atendendo à determinação judicial de realizar o pleito “o mais rápido possível”.
Segunda eleição em menos de dois meses
Em março deste ano, Ednaldo Rodrigues havia vencido com ampla maioria uma eleição que o manteria no cargo até 2026, com apoio unânime das federações estaduais e clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. No entanto, o processo foi anulado após o surgimento da suspeita de fraude no acordo que possibilitou sua candidatura.
Agora, a disputa pelo comando da CBF se intensifica em meio à preparação da seleção brasileira para um novo ciclo de Copa do Mundo, com a chegada de um técnico estrangeiro e o desafio de recuperar prestígio esportivo e institucional.