Um dos homens apontados como chefe da milícia de Rio das Pedras, Jorge Alberto Moreth, chamado de Beto Bomba, pode estar envolvido nos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. O suspeito se entregou nesta sexta-feira, 24, à Polícia Civil. O Ministério Público do Rio de Janeiro chegou ao suspeito por meio do Disque Denúncia, segundo informação da TV Globo. De acordo com o MP, a Associação de Moradores de Rio das Pedras, na qual ele ocupou cargos importantes, era quartel-general dos milicianos e usada para legalizar bens imobiliários ilegais. O suspeito estava foragido desde janeiro, quando a Operação Intocáveis começou as investigações.
O crime
Na noite de 14 de março de 2018, Marielle foi convidada para mediar um debate com jovens negras no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro. Quando deixou o local, por volta das 21h, entrou no carro do motorista Anderson Gomes com a assessora Fernanda Chaves. No meio do trajeto, o veículo foi perseguido por outros dois; 13 tiros foram disparados: 9 acertaram a lataria e os outros 4, o vidro. A vereadora e Anderson foram atingidos e morreram no local. Fernanda ficou ferida pelos estilhaços. Os carros fugiram sem levar nada. Quase dois meses após a ocorrência, em maio de 2018, uma testemunha deu à polícia indícios de envolvimento do vereador Marcello Siciliano (PHS) e o ex-PM e miliciano Orlando Curicica com o caso.