O economista e consultor Adriano Pires anunciou nesta segunda-feira (4), ao Palácio do Planalto que desistiu de ocupar a presidência da Petrobras. Adriano havia sido indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o cargo na semana passada, para substituir o general Joaquim da Silva e Luna.
Segundo o Globo, os motivos que fizeram Pires renunciar ao posto são os mesmos que levaram Rodolfo Landim a comunicar, no domingo (3), que renunciava à indicação para a presidência do conselho da companhia: os conflitos de interesse que ele enfrentaria na Petrobras.
O economista vem sendo pressionado a revelar quem são seus clientes, mas não o fez. Embora argumente que não pode dar declarações à imprensa por estar em período de silêncio, todo o mercado sabe (e ele mesmo não esconde) para quem ele trabalhou nos últimos anos.
Após Pires foi indicado, acionistas minoritários passaram a se articular para indicar mais conselheiros e o Ministério Público no Tribunal de Contas da União entrou com uma representação propondo que Pires não assumisse o comando da companhia antes de uma investigação sobre os conflitos.
Pires vem dizendo a pessoas próximas que cogita desistir do cargo. Ele diz que só descobriu depois de aceitar a indicação que a política de integridade da Petrobras não permite que seus executivos tenham parentes comercialmente ligados a concorrentes e parceiros comerciais. E para assumir a presidência da petroleira, Pires estava passando as ações da consultoria para o filho, Pedro. (Bahia Noticias)