A defesa do piloto do barco que naufragou e deixou oito mortos e no domingo (21), em Madre de Deus, negou superlotação e alegou que a embarcação foi invadida por pessoas que estavam no local.
O advogado Elder Costa confirmou que o piloto do barco, identificado como Fábio Freitas, não possui habilitação para conduzir a embarcação. “Pessoas adentraram a embarcação e constrangeram ele a vir com elas no barco, não tinham outra alternativa, não tinha mais transporte naquele momento” disse o advogado em entrevista ao Jornal Nacional.
O advogado ainda falou sobre a confusão que teria provocado o naufrágio. “Ele pediu pra que as pessoas se retirassem, as pessoas insistiram, sentaram, não quiseram se levantar. Essas mesmas pessoas que adentram de maneira forçada na embarcação dele, entraram em conflito entre si, o que causou um pânico dentro do barco e naufragou. Infelizmente causou no resultado morte”, afirmou Elder Costa.
Segundo ele, a embarcação é de passeio e foi usada para transportar a família dele da festa que acontecia na Ilha de Maria Guarda, quando outras pessoas entraram à força no barco.
“Ele estava com a família dele, foi buscar a filha e foi surpreendido por um grupo de pessoas que invadiram a embarcação”, afirmou.
O advogado ainda contou que Fábio Freitas não realizava transporte irregular e negou a informação que o barco teria ficado com excesso de passageiros. “As pessoas vieram sentadas. Inclusive temos testemunhas”, disse o advogado.
O Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA) anunciou, na tarde de terça-feira (23), o fim das buscas às vítimas do naufrágio da embarcação em Madre de Deus. Ao total, oito pessoas morreram no acidente, sendo seis adultos e duas crianças. Em nota, a instituição se solidariza com familiares e amigos das vítimas. Outras duas pessoas não foram encontradas.
O acidente ocorreu quando o barco voltava de um passeio na Ilha de Maria Guarda para a sede de Madre de Deus. Uma confusão entre dois casais teria feito o barco virar, causando o afundamento. Um vídeo que circula pelas redes sociais mostra o princípio da briga no cais, antes de um barco iniciar a travessia.
(Bahia Noticias)