.Aline Fonseca, professora do curso de Farmácia da Faculdade Anhanguera, aponta que algumas vitaminas podem ter impactos mais significativos ao ter na rotina a ingestão de álcool.
Enquanto muitos vivem cenários de reposição de vitaminas por deficiência ou até mesmo para manter uma vida saudável, surgem algumas dúvidas de possíveis impactos na absorção desses nutrientes, entre esses, a bebida alcoólica.
Afinal, ela afeta mesmo o processo de reposição?
A ideia de que o consumo de álcool pode interferir na absorção e eficácia das vitaminas tem sido objeto de debate por décadas.
Alguns especialistas afirmam que o álcool pode inibir a absorção de certas vitaminas essenciais, enquanto outros argumentam que os efeitos são mínimos ou insignificantes.
Aline Fonseca, professora do curso de Farmácia da Faculdade Anhanguera, explica que a vitamina de maior impacto na absorção ao ser realizada em uma rotina que tenha consumo de álcool é a do complexo B, conhecida por desempenhar um papel crucial no metabolismo energético e na saúde do sistema nervoso.
“Estudos sugerem que o álcool pode interferir na absorção dessa vitamina, especialmente a vitamina B1 (Tiamina) e a B9 (folato), levando a deficiências que podem ter sérias consequências para a saúde”.
Um aspecto importante a considerar é a quantidade e a frequência do consumo de álcool.
Enquanto o consumo moderado pode ter um impacto mínimo na absorção de nutrientes, o consumo excessivo e crônico de álcool está associado a uma série de problemas de saúde, incluindo deficiências nutricionais.
Estudos demonstram que pacientes que fazem uso excessivo de álcool possuem alterações hepáticas significativas, tais como a esteatose hepática, resultando em lesões nos hepatócitos (células do fígado) e acúmulo de gordura o que pode reduzir a absorção de vitaminas.
Fonseca aponta ainda que embora o foco principal esteja nas vitaminas do complexo B, há evidências de que o álcool também pode afetar a absorção de outras vitaminas e minerais, incluindo a vitamina C, vitamina D, zinco e magnésio.
Todavia, a extensão e a gravidade desses efeitos devem estar correlacionadas com o grau de etilismo do indivíduo, bem como a possibilidade de haver outras patologias envolvidas.
Fonte: Notícias ao Minuto