A Alemanha se tornou o 13º país a superar as 100 mil mortes por Covid-19 e registrou nesta quinta-feira (25) um novo recorde diário de casos: 75.961 novas infecções.
O país enfrenta sua onda mais intensa da pandemia, mas até o momento o número de novos óbitos não tem acompanhado a disparada de casos devido à vacinação. Foram 351 vítimas do vírus nas últimas 24 horas (em janeiro foi registrado o recorde diário de 1,7 mil mortes no país).
Hospitais alertam que os leitos de UTI estão se esgotando e que quase 4 mil estão ocupados por pacientes com Covid-19 atualmente. Diante da situação, alguns hospitais no sul e no leste do país já começaram a transferir pacientes para outras regiões.
A pandemia é o principal desafio para o futuro governo, que deve assumir o poder em dezembro e será formado por social-democratas, verdes e liberais. “A situação é terrível”, admitiu Olaf Scholz, líder social-democrata que sucederá a conservadora Angela Merkel como o futuro chanceler da Alemanha.
O novo coronavírus tem se propagado pela Europa, que atualmente é a região do mundo mais afetada pela pandemia. Foram mais de 2,5 milhões de casos e quase 30 mil óbitos em uma semana.
A Alemanha é o 13º país do mundo e o 5º do continente a ultrapassar as 100 mil mortes por Covid-19, depois de Rússia, Reino Unido, Itália e França (veja na tabela abaixo).
Os 13 países que já ultrapassaram as 100 mil mortes por Covid
País | Vítimas da Covid |
1. EUA | 775 mil |
2. Brasil | 613 mil |
3. Índia | 466 mil |
4. México | 292 mil |
5. Rússia | 262 mil |
6. Peru | 200 mil |
7. Reino Unido | 144 mil |
8. Indonésia | 143 mil |
8. Itália | 133 mil |
9. Irã | 129 mil |
10. Colômbia | 128 mil |
11. França | 119 mil |
12. Argentina | 116 mil |
13. Alemanha | 100 mil |
Fonte: Our World in Data (dados acessados em 25/11/2021)
Covid-19 na Europa
O departamento europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu na quarta-feira (25) que a Covid-19 pode provocar 700 mil mortes no continente até março.
A OMS atribui a nova onda de Covid-19 na Europa à proliferação da variante delta, a uma cobertura insuficiente de vacinação e a uma flexibilização das restrições.
Embora 67% dos moradores da União Europeia estejam completamente vacinados, as diferenças entre países são notórias: apenas 24% dos búlgaros tomaram as duas doses, contra 87% dos portugueses.
Vários países estão endurecendo as medidas de restrição, e elas têm provocado protestos — alguns violentos — em países como Áustria, Bélgica e Holanda.
Medidas contra o vírus
No momento, a futura coalizão de governo descarta adotar um lockdown nacional na Alemanha e aposta no uso do certificado de vacinação nos transportes e na restrição de acesso de não vacinados a certos lugares.
Scholz afirmou que o país precisa “estudar” uma eventual ampliação da obrigatoriedade da vacinação, que atualmente já está em vigor no exército e em estabelecimentos de saúde.
O governo de Angela Merkel, do qual os social-democratas já fazem parte, prorrogou até abril de 2022 as ajudas para as empresas afetadas por fechamentos e queda de receita devido à pandemia. (G1)