O militante Rafael Moreno, que foi alvo da Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (16/4) por sua atuação no 8 de Janeiro, admitiu que arrecadou dinheiro para os acampamentos golpistas em frente a quartéis do Exército, inclusive em Brasília. A 26ª fase da Operação Lesa Pátria cumpriu 18 mandados de busca e apreensão em oito estados.
Em publicações no Twitter mais cedo, após receber a PF em sua casa, Moreno afirmou: “Os valores que arrecadei, ajudei a comprar alimentos, remédios, barracas, colchões, aluguel de tendas, entre outras coisas, exclusivamente para o acampamento em frente aos quartéis”. O bolsonarista reforçou a informação, em outro post: “Arrecadei dinheiro através de uma vakinha e de uma chave Pix somente para ajudar a alimentar e transportar as pessoas que estavam acampadas na frente dos quartéis”.
No 8 de Janeiro, Moreno estava em um ato golpista em São Paulo. Enquanto as sedes dos Três Poderes eram invadidas, Moreno comemorava em um vídeo no Instagram: “Invadiram o Congresso, pessoal! Tomamos o Brasil de volta, pessoal! Agora é tudo nosso, tudo dominado!”, gritava, em meio a faixas pedindo um golpe militar. Moreno pediu doações aos golpistas por meio de seu próprio Pix: “Contribua com as caravanas e alimentação dos patriotas em Brasília enviando qualquer valor”.
Em 2021, Moreno também foi investigado por fazer uma vaquinha para financiar protestos do Sete de Setembro, quando o então presidente Jair Bolsonaro xingou ministros do Supremo e ameaçou descumprir decisões do tribunal.