A farmacêutica Pfizer anunciou nesta terça-feira, 14, que o antiviral que desenvolveu contra a Covid-19 reduziu em 89% o risco de hospitalização ou morte de adultos infectados pelo vírus que não estavam internados, mas eram pacientes de alto risco. Os dados finais de um estudo realizado com 2.246 participantes apontaram este resultado com o início do tratamento com Paxlovid dentro dos primeiros três dias de sintomas. No esquema de cinco dias, a redução foi de 88%.
Os achados foram compartilhados com a agência reguladora norte-americana Food and Drug Administration (FDA) como parte de uma submissão contínua para a obter a autorização de uso emergencial nos Estados Unidos. Dados provisórios da farmacêutica tinham apontado os mesmos resultados no mês passado, quando a empresa solicitou à agência a liberação emergencial do medicamento.
Segundo a Pfizer, análises provisórias de outro estudo que está em andamento, também com adultos de risco padrão, mostraram uma diminuição de 70% na hospitalização e nenhuma morte na população tratada, quando comparado ao placebo, no desfecho secundário.
Os pesquisadores detectaram, no quinto dia de tratamento, uma queda de cerca de dez vezes na carga viral. De acordo com a farmacêutica, isso indica uma “atividade robusta contra o SARS-CoV-2” e representa “a redução de carga viral mais forte relatada até o momento para um agente antiviral oral” contra a doença.
Outro ponto levantado é que dados in vitro apontaram que o nirmatrelvir, componente da medicação, é capaz de reter a atividade das variantes de preocupação, incluindo a ômicron.
“Variantes emergentes de preocupação, como a ômicron, exacerbaram a necessidade de opções de tratamento acessíveis para aqueles que contraem o vírus, e estamos confiantes de que, se autorizado ou aprovado, este potencial tratamento pode ser uma ferramenta crítica para ajudar a conter a pandemia”, afirmou Albert Bourla, presidente do conselho e diretor executivo da Pfizer, em comunicado. (Veja)