A professora e representante da Associação dos Professores Licenciados do Brasil — Secção da Bahia (APLB), Jucilane Barreto, falou sobre a possibilidade de retorno às aulas presenciais na Bahia, após a fala do Governador Rui Costa (PT) sobre o assunto.
De acordo com a diretora, algumas cidades estão tomando a decisão equivocada em retornar com as aulas nas escolas, “Salvador desde o mês de maio que o prefeito de uma maneira totalmente equivocada e irresponsável colocou um decreto de retorno às aulas, a categoria não aceitou, ameaçou com corte, a APLB conseguiu ganhar, então às aulas não serão realizadas na rede, pois, a APLB deixa claro desde o início, que o importante é a vida. Vida não se repõe, o prejuízo educacional é imenso, não temos como medir. Mas a vida está em primeiro lugar. Costumo dizer que muitos precisam sentir na pele ou perder alguém muito próximo para sentir o que as pessoas estão sentindo. O que não é esperado do ser humano. A fala do próprio Governador sobre o retorno afirma que os trabalhadores da educação, de zelador ao diretor escolar, só retornarão as atividades semipresenciais, após a imunização completa, ou seja, após a segunda dose”, disse.
Ainda segundo Jucilane, a população não está vacinada desde 2020 por culpa do Governo Federal, “estamos pedindo vacina para todos, não só para o trabalhador em educação. Meu filho tem 16 anos, já disse que ele não volta mesmo com esse retorno híbrido. Infelizmente, graças a irresponsabilidade do Governo Federal em não ter adquirido essas vacinas em tempo hábil, e a CPI está mostrando aí, era para estarmos vacinados desde 2020, como muitos países. Foi uma polêmica nas redes sociais, quando o município divulgou que as escolas teriam um prazo, onde as unidades escolares estaduais, municipais e particulares, teriam até o dia 30 de junho, para se adequarem os protocolos. Estão saindo equipes com várias pessoas representando o conselho de educação, saúde, para fazer visitas às escolas e ver se elas estão se adequando. Depois de tudo, temos unidades escolares que não vão poder funcionar, pois, não suportam o quantitativo mínimo de alunos com distanciamento de um 1,5 metros. Esse prazo foi prorrogado, vai ser estendido até julho, pois, as comissões não estão dando conta de ir em todas as escolas”, comentou.
Redação: Voz da Bahia