Após boicotar Facebook, Twitter e Intagram, bolsonaristas reclamam do baixo engajamento nas plataformas

Marcos Corrêa/PR

Após ser eleito em meio a uma campanha com forte apelo nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro e apoiadores tem enfrentado dificuldades para manter o engajamento nas plataformas das grandes empresas de tecnologia. O medo dos bolsonaristas é que essas big techs utilizem critérios semelhantes aos adotados para suspender a conta de Donald Trump, quando ainda era presidente dos Estados Unidos.

Os apoiadores de Bolsonaro até que tentaram migrar para redes alternativas, mas a adesão tem sido pouca diante do esperado. Existe, inclusive, um grupo pedindo mudanças na legislação para o pleito de 2022. 

Segundo reportagem de O Globo, neste domingo (21), na semana passada, um dos filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (RJ), reclamou de uma publicação a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Twitter e afirmou que a rede foi deixada de lado por apoiadores de Bolsonaro. “Enquanto a rede é abandonada por uns, outros aproveitam para tentar tomar de conta. Vale sempre lembrar: não existe espaço vazio na política”, disse Carlos no Twitter.

A movimentação de bolsonaristas para tentar boicotar Twitter, Instagram e Facebook começou em janeiro, depois que Trump teve a conta suspensa. Na época, o assessor especial da Presidência, Filipe Martins, pediu para que os bolsonaristas seguissem nas plataformas tradicionais.

“Continuem no Twitter, no Facebook, no Instagram e onde mais for possível e, enquanto tiverem espaço nessas plataformas, produzam conteúdo, denunciem tudo o que está acontecendo, divulguem as plataformas alternativas e esclareçam tantas pessoas quanto possível”, afirmou.

Ainda de acordo com o jornal, também está na mira de bolsonaristas a tentativa de trazer para o Brasil o debate sobre o monopólio de empresas como Google e Facebook.
Os bolsonaristas defendem incluir o tema nos debates sobre a legislação eleitoral e querem também rediscutir o marco civil da internet para reposicionar os conglomerados de tecnologia dentro das leis antitruste e contra monopólio. Nesses debates, a questão das fake news também poderia ser inserida. (BNews)

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