O homem suspeito de matar um jornalista na década de 1990, na cidade de Itabuna, no sul da Bahia, foi condenado a 6 anos de prisão, nesta quarta-feira (22), mais de duas décadas após o crime. Marcone Rodrigues Sarmento passou por júri popular no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador. Na audiência, o crime foi classificado como homicídio simples.De acordo com o promotor Cássio Marcelo de Melo, o Ministério Público recorreu da decisão, por considerar a pena baixa, pois o órgão buscava uma condenação por homicídio qualificado. O recurso deverá ser julgado em cerca de um ano. O réu vai aguardar em liberdade até se esgotarem todos os recursos. O jornalista Manoel Leal de Oliveira foi vítima de uma emboscada e acabou executado a tiros, na porta de casa, em 14 de janeiro de 1998. Ele era dono de um jornal de Itabuna. Segundo o promotor, Marcone dirigia o carro onde estava o então policial civil Monzar Castro Brasil, que realizou os disparos que mataram o jornalista, depois de passar a tarde esperando a vítima chegar em casa.Em 2003, Monzar foi condenado há 18 anos de prisão por homicídio qualificado. Uma outra pessoa investigada pelo crime foi julgada em 2003. Contudo, na época, o suspeito foi absolvido a pedido do MP. Em 2005, Marcone foi absolvido de um júri, mas o MP recorreu e o novo julgamento ocorreu nesta terça-feira. “Já existia uma condenação para Monzar por homicídio qualificado. Como Marcone é condenado por homicídio simples, já que ele participou da emboscada junto com Monzar?”, questiona o promotor.