Após incitar violência contra Lula, Wallace é afastado pelo Conselho de Ética do COB

O jogador havia publicado uma enquete perguntando à seus seguidores quem atiraria contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB), nesta sexta-feira (3), suspendeu cautelarmente todas as atividades do jogador de vôlei Wallace de Souza, após ele publicar uma enquete questionando se algum de seus seguidores atiraria contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A decisão estipula que Wallace não poderá participar de campeonatos organizados pela COB e pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Além disso, ele está impedido de treinar com a seleção brasileira e o Cruzeiro, já que o clube decidiu o afastar diante de sua conduta.

Em um trecho da medida, o desembargador Ney Bello, conselheiro de ética do COB, repudiou a postura adotada do jogador e relembrou como os atletas devem compreender a importância de seus posicionamentos, por conta do alcance que possuem.

“Roberto Dinamite, Pelé, Maria Lenk, Esther Bueno não tiveram apenas a honra e a glória de serem campeões. Todos tiveram a responsabilidade de educar gerações que precisavam pautar-se por princípios éticos e morais para seguirem na luta pela construção de uma sociedade melhor para todos, não obstante as opções políticas de cada um.”

“Que exemplo é possível extrair de um post como esse que os autos mostraram? Que tipo de exemplo fica para uma geração quando um atleta de alto rendimento confessadamente faz o que os autos dão notícia?”.

“Sugerir, perguntar, incitar o uso de armas e, pior, a detonação no rosto da autoridade máxima do país – por nenhuma razão e sob nenhum critério – se amolda ao comportamento esperado, exigido e aguardado de um campeão olímpico”, concluiu o conselheiro.

Por meio de suas redes sociais, Wallace havia pedido desculpas pelo comportamento que apresentou. “Quem me conhece sabe muito bem que eu jamais incitaria a violência em hipótese alguma, contra qualquer pessoa e principalmente o nosso presidente”. (Metro1)

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